@MASTERSTHESIS{ 2023:291412181, title = {Na fronteira da língua: um estudo sobre os processos imigratórios e o autismo na infância na cidade de Foz do Iguaçu}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7362", abstract = "O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é identificado por meio de sinais, com auxílio de protocolos e observação clínica no campo motor, cognitivo e/ou social. Na esfera global do desenvolvimento e do crescimento infantil, quando um destes campos de desenvolvimento está em defasagem, busca-se detectar o que acomete à criança. Sua causalidade é multifatorial, o que levanta inúmeros estudos sobre fatores de risco como predispostos para o desenvolvimento, sendo alguns deles de base biológica, suscetibilidade genética, hereditária e ambiental. Esta pesquisa teve por objetivo conhecer o perfil de TEA em crianças de 0 – 12 anos de idade na cidade de Foz do Iguaçu/PR, bem como, compreender o processo imigratório das famílias que têm seus filhos diagnosticados. Tal recorte justifica-se uma vez que pesquisas apontam fatores relacionados a essa condição, que crianças imigrantes seriam mais predispostas a ter autismo, porém, esse fator não é determinante nem conclusivo, ou seja, imigrar não é fator causal, mas estudar o processo imigratório é uma forma de compreender o fenômeno nessa população. Sendo assim, foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualiquantitativa. Na fase qualitativa, foram entrevistadas famílias com membros imigrantes, até a segunda geração, que tenham crianças com TEA. O eixo condutor para a realização das entrevistas e suas análises foi a análise do discurso de vertente francesa. Na fase quantitativa, ocorreu uma coleta de dados a partir de instrumento online disponibilizado para autopreenchimento pelos familiares. O levantamento possibilitou identificar 181 crianças de até 12 anos com diagnóstico de TEA. Destes, 86 (47,5%) têm necessidade de nível de suporte 1 e a mesma quantidade (n=86; 47,5%) também demonstrou ter necessidade de nível 2. Apenas 76 (42%) fazem acompanhamento no Sistema Único de Saúde e 16 (8,8%) não realizam acompanhamento nem no setor público e nem no setor privado. Quanto à análise qualitativa, participaram 9 famílias, das quais as entrevistas foram transcritas e interpretadas. Ao fim, emergiram as seguintes categorias: “Quem fala na língua? língua e linguagem”; “Imigração”; “Um estrangeiro em terras conhecidas – acerca da identidade e do pertencimento”; “Cultura – entre nós e laços de fronteira”; “Autismo(s) – entre o diagnóstico, os pais e o sujeito”; “Multilinguismo e autismo – aquisição da fala para as crianças filhas de imigrantes”; e “O tratamento de crianças autistas e o lugar dos pais e/ou cuidador principal da criança”. Escutar as famílias imigradas e compreender como o processo imigratório ocorreu, bem como essas famílias conseguiram estabelecer e construir laços com a comunidade local, como foi o processo de diagnóstico de TEA da criança e como se construiu a rede de cuidado foi fundamental para pensar na compreensão de seus pertencimentos culturais e suas identidades. Portanto, é fundamental esclarecer que, neste estudo, não há uma correlação entre imigração e o autismo, assim, esta pesquisa conseguiu explorar e descrever como é o cenário do município de Foz do Iguaçu, e como ele atende suas crianças com TEA.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }