@MASTERSTHESIS{ 2024:1773049519, title = {Facetas do trabalho docente na pandemia: uma escrevivência de professoras alfabetizadoras em Foz do Iguaçu - PR}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7334", abstract = "Nos anos de 2020 e 2021 todas as escolas municipais de Foz do Iguaçu ficaram fechadas em virtude da pandemia de COVID-19. Esse fechamento exigiu das autoridades que fossem estabelecidas estratégias para que o vínculo aluno-escola não fosse perdido. Para isso, foi implementado no município o regime especial das ações pedagógicas remotas diferenciadas, conhecido como ERE – Ensino Remoto Emergencial, que constava de atividades impressas e/ou mediadas por tecnologias digitais de comunicação. Este estudo buscou investigar como professoras alfabetizadoras da rede municipal de Foz do Iguaçu perceberam o trabalho docente no processo de ensinar a leitura e a escrita de forma remota. O objetivo foi registrar os depoimentos, refletir e levantar discussões sobre o trabalho docente no período pandêmico. Para isso, foi formado um Grupo Focal com cinco professoras que atuaram como regentes em turmas de primeiro ano durante a pandemia. Utilizando a técnica de conversação espontânea direcionada para o tema, a alfabetização permeou os três encontros, porém surgiram outras facetas da vivência das professoras, que resultaram na escrevivência de suas experiências, com destaque para cinco facetas do trabalho pedagógico na pandemia. A interpretação dos dados é feita por meio da Análise de Conteúdo e o referencial teórico envolve a interdisciplinaridade entre Sociologia da Experiência e alfabetização. Os dados construídos a partir dos depoimentos permitiram concluir que o trabalho docente é perpassado por variados condicionantes que afetam pessoal e profissionalmente as professoras. No período pandêmico, os documentos oficiais determinaram as práticas pedagógicas, independente da realidade de cada escola, minando a autonomia das professoras enquanto conhecedoras de suas turmas, apesar do vínculo afetivo não ter se firmado naquele início de ano. Também se conclui que, sem a mediação intencional e qualificada, não é possível alfabetizar uma criança de primeiro ano, sendo que esta depende de sua família na ausência do professor. Porém, a família nem sempre tem condições de exercer essa mediação competente. Outra conclusão a que se chega é que, como em outras regiões do país, as desigualdades sociais foram determinantes de exclusão do processo do ERE, uma vez que muitas famílias não tinham recursos para alimentação e para equipamentos como celulares, tablets ou internet de qualidade. Um ponto importante da pesquisa foi que as professoras apontaram o desgaste físico e emocional que o trabalho em sistema home office gerou, uma vez que o tempo cronológico escolar desapareceu e o trabalho invadiu o espaço pessoal de suas famílias. Ansiedade e depressão foram relatadas como exacerbadas no período da pandemia, em virtude do exercício da profissão. Como consequência de todos esses fatores, a faceta da autoexploração, que juntamente com as facetas da alfabetização, sofrimento humano, normativa e trabalho pedagógico, formam o todo que foi o trabalho docente na pandemia, relatado aqui como uma escrevivência, que é o relato feito de dentro para fora, de professora com professoras.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }