@PHDTHESIS{ 2024:1648745976, title = {O turismo indígena e sua contribuição para o empoderamento das comunidades indígenas da sub bacia do Rio Juruena-MT}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7294", abstract = "Povos indígenas em diversos países têm buscado o etnodesenvolvimento por meio da introdução do turismo para manter a integridade de seus territórios, de garantir a perpetuação de suas culturas, de conservar os patrimônios naturais, além de obter renda complementar. Contudo, efeitos negativos da atividade, como a mercantilização da cultura, a alienação da renda, além da deterioração ambiental, podem impactar as comunidades quando elas não possuem autonomia sobre as atividades turísticas. O objetivo desta pesquisa foi analisar como o turismo desenvolvido pelas comunidades indígenas da bacia do rio Juruena contribui para o seu empoderamento. O estudo abrangeu nove aldeias do povo Haliti-Paresi localizadas nas Tis Utiariti e Ponte de Pedra, no estado do Mato Grosso. A abordagem da pesquisa foi qualitativa e de objetivos de caráter exploratório-descritivo. Empregaram-se entrevistas em profundidade, questionário e observação assistemática. O empoderamento psicológico foi a dimensão mais evidenciada pelos participantes, com destaque para a autoafirmação em transmitir a cultura Haliti-Paresi aos não indígenas, além da autoestima dos indivíduos por se sentirem capazes de assumir novos papeis na comunidade e de se sentirem valorizados externamente. O empoderamento social foi evidenciado pelas capacitações relacionadas ao turismo, do bem-estar geral das comunidades por meio da criação de infraestruturas, além da fixação dos mais jovens nas aldeias. Os participantes estão elaborando seus planos de visitação conforme a IN n.º 03/2015 da FUNAI. Quanto ao empoderamento político, as atividades turísticas são protagonizadas pelos próprios indígenas e a relação com os agentes externos tem sido de cooperação, além de estarem criando uma associação exclusiva do turismo. Na sua dimensão econômica, o turismo tem contribuído como renda complementar para a maioria das comunidades, com destaque para a remuneração realizada aos envolvidos com a atividade, além de auxiliar as comunidades em necessidades mais prementes. Em relação ao empoderamento ecológico, o povo Haliti-Paresi possui seus territórios praticamente intocados. Porém, o lixo produzido pelos visitantes é um fator que os preocupa e que tem relação com a modalidade balneário, sendo que lideranças indígenas e agentes externos advertem para que as comunidades não tenham o balneário como sua principal atividade, devendo se dedicar mais ao turismo cultural e de vivência comunitária. Verificou-se, por último, que o empoderamento territorial pode diminuir as pressões e mesmo as possíveis invasões aos territórios indígenas por meio de duas possibilidades: Presença, abrangência e movimentação e; Notoriedade. Esta última dimensão foi proposta nesta pesquisa, sugerindo-se um novo modelo teórico: Modelo Txini de empoderamento e turismo indígena.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }