@MASTERSTHESIS{ 2024:1897494419, title = {Violência sexual contra crianças e adolescentes na região sul do Brasil: estudo ecológico}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7292", abstract = "Esta pesquisa aborda a violência sexual contra crianças e adolescentes na Região Sul do Brasil, com foco especial na faixa de fronteira do Arco Sul. A violência sexual é reconhecida como uma questão social e de saúde pública, com consequências físicas, sociais e emocionais graves. O objetivo geral do estudo foi analisar a incidência de violência sexual contra crianças e adolescentes, entre 2017 e 2022, nos estados do Sul do Brasil, com ênfase na relação com a faixa de fronteira. Utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DATASUS, realizou-se uma análise espaço-temporal abrangendo o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022. Foram calculadas as taxas de incidência brutas e padronizadas, as quais foram analisadas mediante a aplicação dos testes estatísticos (t-Student e ANOVA) para comparações entre grupos. Em seguida, realizou-se a estatística espacial de varredura com a utilização do SaTScan™ para identificar aglomerados de risco. Os mapas temáticos representando as taxas de incidência da violência sexual e os aglomerados de risco espacial foram elaborados com o software QGIS versão 3.28.2. Quanto à análise temporal, aplicou-se a metodologia de Box-Jenkins (ARIMA) para previsão de séries temporais. Os resultados revelaram que, em 6 anos, 39.751 crianças e adolescentes foram vítimas de violência sexual nos três estados do Sul do Brasil, com o Paraná liderando em número de casos, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nos três estados, observou-se um crescimento anual dos casos até 2019, seguido por uma queda em 2020, ano do início da pandemia, e um retorno ao crescimento em 2021. As taxas brutas e padronizadas também evidenciaram um aumento significativo quando com paradas entre o período pré-pandemia Covid-19 (2017 a 2019) e pandêmico (2020 a 2022), indicando disparidades entre diferentes variáveis avaliadas (estados, situação em relação à faixa de fronteira e sexo). A análise por sexo revelou que o sexo feminino foi mais afetado, representando a maioria dos casos. A investigação por região apontou que a maioria dos casos ocorreu em municípios localizados fora da faixa de fronteira (82,63%), entretanto, ao se analisar as médias das taxas de violência sexual, as maiores ficaram para o grupo de municípios da faixa de fronteira. As taxas de incidência brutas e padronizadas indicaram uma tendência de aumento ao longo do tempo, com diferenças significativas entre estados e períodos. A análise espacial identificou 23 clusters de violência sexual, evidenciando as áreas com maior risco relativo, sendo que este indicador variou de 1.67 (IC 95% = 1,39; 1,98) em Prudentópolis (PR) a 5.37 (IC95% = 3,94; 7,55) em Ibirama (RS). As previsões indicam uma tendência de aumento da violência sexual nos próximos anos, com variações entre os estados. Esses resultados contribuem para ampliar a compreensão e a visibilidade da violência sexual e destacam a urgência de políticas e intervenções eficazes para combater a violência sexual contra crianças e adolescentes na Região Sul. Espera-se que as informações geradas subsidiem o desenvolvimento de políticas mais eficazes de prevenção e proteção, levando em consideração as especificidades dessa região.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }