@PHDTHESIS{ 2024:871266947, title = {A Guerra da Notícia – A política do silêncio no Jornal Nacional e no discurso de Jair Bolsonaro relatado pelo telenoticiário na pandemia de Covid-19}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7284", abstract = "Este trabalho parte da premissa de que a pandemia de Covid-19 provocou uma série de rupturas que obrigaram a sociedade a modificar seus costumes, transformaram modos de ser e de dizer e fizeram com que nossas palavras se encharcassem de “sentidos de pandemia” (Orlandi, 2020a). Esses novos modos de dizer e de ser atingiram também os meios de comunicação tradicionais. Um dos meios midiáticos que sofreram este tensionamento foi a Rede Globo de Televisão. Em especial, o Jornal Nacional, telenoticiário mais assistido do país, que aparentemente travou uma guerra de dizeres com o então presidente, Jair Bolsonaro, tendo como tema o combate à pandemia e os seus efeitos. Tendo como procedimento teórico-metodológico a Análise de Discurso materialista, esta pesquisa visa a estudar esta relação entre o JN e o então mandatário com base nas teorizações de Eni Orlandi (1987; 2007a) sobre a categoria silêncio. Em específico, sobre a política do silêncio, que se divide em silêncio constitutivo e silêncio local, a censura. Neste sentido, analisa-se como se processa a política do silêncio nos discursos do JN em materiais relacionados direta e indiretamente à pandemia de Covid-19, tendo como ênfase o silêncio local, o qual atua na interdição da inscrição do sujeito em determinadas formações discursivas. Do mesmo modo, objetiva-se analisar se, mesmo recortados pelo telenoticiário e utilizados enquanto discurso relatado, os dizeres do ex-presidente também tiveram como fim silenciar localmente. Pressupomos que a política do silêncio funciona no discurso do JN como forma de promover apagamentos e censura e que ao colocar discursivamente sua posição contrária (ou não) ao posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da crise, o Jornal Nacional agiu com vistas às eleições de 2022. Entendemos que, com o pretexto de prestar um serviço à população durante uma crise sanitária, social e humanitária, o noticiário buscou recolocar-se diante do público e reconquistar um papel desempenhado desde a sua criação no sentido de influenciar ideologicamente a sociedade brasileira. Além das teorizações de Orlandi sobre o silêncio (2007a, 1987), a pesquisa se centra em Pêcheux (1999, 2014a, 2014b, 2014c, 2015), com vistas a discutir conceitos basilares como formações imaginárias, formações discursivas, formações ideológicas, memória, interdiscurso e outros. Ademais, se baseia ainda em Authier-Revuz (1990,1998, 2004, 2015) para discutir sobre discurso relatado e representação do discurso outro. Ao final, observamos haver mais convergências que divergências entre os discursos do JN e de Bolsonaro, mesmo este recortado e relatado pelo noticiário. Ambos, inscritos em uma FD Neoliberal, discordam apenas nos métodos, mas têm discursos semelhantes no que diz respeito à manutenção dos processos e instrumentos neoliberais, como o necropoder e o paternalismo libertário. .", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }