@PHDTHESIS{ 2024:1046667600, title = {UM CORPO, DO MAR ÀS MONTANHAS: QUESTÕES DE GÊNERO EM A AUTOBIOGRAFIA DA MINHA MÃE, DE JAMAICA KINCAID}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7264", abstract = "Ao compreender a importância dos estudos literários contemporâneos e suas dimensões éticas e estéticas, esta pesquisa aponta, num primeiro momento, o caminho traçado pelo feminismo decolonial no âmbito literário e como o papel da mulher tem sido moldado à sombra das opressões oriundas da colonização em terras caribenhas. Dito isso, em um segundo momento, como corpus principal para discussão, aponta os achados em A autobiografia da minha mãe da caribenha Jamaica Kincaid (2020), e reflete sobre o modo como a personagem principal da obra, Xuela Claudette Richardson, é representada pela autora. Esse processo se dá à luz da opressão colonizadora europeia, como uma crítica social e política ao silenciamento histórico da colonialidade de poder presente na obra. Nesse sentido, interessam-nos estudos sobre os movimentos acerca da discussão feminista, tendo como base o feminismo decolonial e o pós-colonialismo a exemplo de: Françoise Vergès (2021), Djamila Ribeiro (2018), Lélia Gonzalez (2020), Heloisa Buarque de Hollanda (2021), Zilá Bernd (2018), Frantz Fanon (2008), Aimé Césare (2020), dentre outras/os autoras/es que iluminam a análise literária da obra de Jamaica Kincaid, permitindo-nos uma leitura que ultrapassa as fronteiras caribenhas. Elementos de transculturalidade, hibridizações, alteridade e outrização reativa configuram a tessitura literária de A autobiografia da minha mãe (2020). Esses elementos performam a literatura ética e poética da autora. São traços encontrados em grande parte da literatura contemporânea de autoria feminina nas Américas e no Caribe, a exemplo de Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves, Djamila Ribeiro, Jarid Arraes, Glória Anzaldua, Maryse Condé, dentre tantas outras. Esta pesquisa se volta para o processo de revide narrado na diegese e reflete como a personagem feminina é representada, evidenciando alternativas de sobrevivência do feminino negro diante do sistema patriarcal. A literatura contemporânea e a produção ensaística de autoria feminina negra dialogam com as lutas dessas mulheres que se encontram em uma esfera de subjugação, principalmente, por questões de gênero, raça e sexualidade. Neste sentido, representam a mulher enquanto agente da sua própria história, na medida em que estas escrevem literatura e teoria pós-colonial. Nas reflexões e análises de A autobiografia da minha mãe, destacamos os recursos estéticos empregados por Jamaica Kincaid no plano da linguagem do texto que evidenciam a personagem Xuela Claudette Richardson, rompendo com uma narrativa predestinada a ela, como uma mulher passiva, submissa e objetificada e demonstram o projeto ético e estético da escritora. Por fim, esta tese se justifica como um estudo que busca compreender, analisar e corroborar com a escrita poética de Jamaica Kincaid dentro do hall de autoras caribenhas que produzem suas narrativas literárias à luz das histórias de seus ancestrais e dos povos durante o período de colonização caribenha a exemplo de Dominica, onde se constrói a diegese aqui estudada.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }