@PHDTHESIS{ 2024:908063744, title = {Doença de Parkinson, mortalidade e uso de agrotóxicos no Brasil}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7205", abstract = "Estudo ecológico de caráter analítico, descritivo, com abordagem quantitativa que teve como objetivo geral: analisar a mortalidade pela doença de Parkinson e sua relação com o consumo de agrotóxicos no Brasil e objetivos específicos: construir uma série histórica da morbidade hospitalar e mortalidade por doença de Parkinson (DP) no Brasil no período de 2008 a 2020; analisar a mortalidade por doença de Parkinson nas mesorregiões geográficas do Paraná e o uso de agrotóxicos de 2013 a 2020 e analisar a associação entre as taxas de mortalidade por DP e o uso de agrotóxicos nos estados e regiões brasileiras no período de 2010 a 2021. Os dados foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) para cálculo das taxas de morbidade e mortalidade de pessoas com Parkinson no período de 2008 a 2021 e no Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (Siagro) para dados sobre venda de agrotóxicos dos municípios do estado do Paraná. Já para identificar a comercialização de agrotóxicos, utilizou-se o estudo de Ribeiro et al. (2022), que calcularam a quantidade de ingredientes ativos em quilogramas (kg) e área plantada por hectares (ha) nos estados brasileiros. Os resultados são apresentados em três artigos: (1) Associação da mortalidade por doença de Parkinson e a comercialização de agrotóxicos no Brasil, cujos resultados apontaram para uma tendência estatisticamente significativa de crescimento nas taxas de mortalidade em todas as regiões, com incidência mais alta de óbitos entre indivíduos do sexo masculino. Na região Sul, observou-se aumento pronunciado na mortalidade para ambos os sexos ao longo do período analisado. A análise revelou uma autocorrelação espacial global da taxa de mortalidade por DP entre os estados brasileiros durante o período de 2010 a 2021, sendo que o estado do Rio Grande do Sul apresentou correlação significativa entre DP e consumo de agrotóxicos. (2) Mortalidade por Doença de Parkinson e comercialização de agrotóxicos no estado do Paraná. A maior taxa média de mortalidade foi encontrada no Norte Central, com pico em 2019 de 3,80 óbitos/100mil habitantes. Foi encontrada associação significativa de mortalidade em todas as mesorregiões com a comercialização de agrotóxicos, idade, escolaridade e Índice Ipardes de Desempenho Municipal. (3) Morbidade hospitalar e mortalidade por Doença de Parkinson no Brasil de 2008 a 2020, cujos resultados evidenciaram uma média de internações de 875±166 por ano, com queda em 2020. A faixa etária mais acometida foi entre 60 e 79 anos, em homens, mas observou-se aumento dos casos em pessoas mais jovens. A mortalidade encontrada foi de 3333±759 ao ano, com crescimento da curva ao longo do tempo estatisticamente significativo e maiores taxas no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Conclui-se que a associação entre DP e uso de agrotóxicos deve continuar a ser investigada com estudos de abrangência nacional, no sentido de contribuir com dados empíricos e evidências científicas que favoreçam a adoção de medidas de promoção, prevenção e tratamento da doença, assim como de medidas de controle do uso de agrotóxicos em nosso país. O atual modelo hegemônico de produção agrícola dependente de agrotóxicos deve ser substituído por outro, como por exemplo, a agroecologia, que preserva o meio ambiente e a saúde humana.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }