@PHDTHESIS{ 2024:304137292, title = {Para além da morte de Deus e de suas sombras, ou Nietzsche e a questão do ateísmo}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7203", abstract = "Qual a importância de discutir filosoficamente o ateísmo a partir dos escritos de Nietzsche? É correto caracterizar a filosofia de Nietzsche enquanto ateísta? Célebre por ser o anunciador da morte de deus e um severo crítico da religião cristã, por que Nietzsche também critica os ateus de sua época? E, ainda, qual o significado da possibilidade, levantada em Assim falava Zaratustra, da crença em um deus que soubesse dançar? Questões tratadas no presente estudo a partir do exame de todo o percurso reflexivo do filósofo, da aurora ao crepúsculo, para, assim, compreender como o tema emerge e se desenvolve no interior da obra do autor. O primeiro capítulo aborda o período pré-filosófico de Nietzsche, com ênfase na instrução religiosa de sua infância, na formação filológica de sua juventude, até o seu interesse derradeiro pela filosofa. O capítulo seguinte foca nos primeiros textos filosóficos de Nietzsche e o seu enaltecimento do politeísmo grego enquanto uma manifestação religiosa que, através do influxo artístico, propicia a afirmação da existência em todos seus aspectos. Fatores que levam o filósofo a criticar tanto a religiosidade como a cientificidade de sua época. O terceiro capítulo atravessa os escritos intermediários de Nietzsche com o propósito de evidenciar seus ataques ao deus ecumênico de cunho cristão, assim como os preceitos relativos tanto à sua doutrina, como à sua prática. Para o filósofo alemão, é necessário romper o elo que liga o homem e sua finitude com o deus eterno e transcendente. Eis que emerge o anúncio da morte de deus, com o propósito de inserir o humano em outra concepção e relação com a existência. O deicídio leva Nietzsche a dialogar com os ateus de sua época, com o propósito de denunciar que eles perpetuam concepções e valores oriundos da antiga divindade, ou seja, atuam como sombras de deus, e continuam, desse modo, a conservar, estreitar e cristalizar a dinâmica vital. O quarto capítulo expõe a radicalização da crítica nietzschiana, em seus escritos finais, ao deus cristão e sua inerente relação com o âmbito moral. Acompanhar o teor crítico tal como emerge nesses textos é fundamental para compreender como Nietzsche filosoficamente abate os princípios do monoteísmo, assim como seus rebentos, suas sombras, que permanecem no horizonte humano por meio dos imperativos morais e da crença na verdade. O último capítulo trata da imagem da dança do deus através do qual Nietzsche, por meio de Zaratustra, abre a possibilidade de acreditar enquanto a superação do monoteísmo cristão e de suas sombras, pois a imagem do deus dançarino exprime e afirma, a partir da força e da flexibilidade, a dinâmica vital enquanto processo de destruição e criação contínuas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }