@PHDTHESIS{ 2023:163041604,
 	title = {As sutilezas metafísicas e manhas teológicas da economia política: contribuições da crítica feuerbachiana da religião para a crítica da economia e da política em Karl Marx},
 	year = {2023},
 	url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7187",
 	abstract = "A presente tese busca aprofundar a compreensão dos pressupostos estruturais do modo de produção capitalista através de um estudo da relação e analogia argumentativa existente, conforme Feuerbach e Marx respectivamente, entre a crítica da teologia e da Economia Política. Destacamos, portanto, a estrutura análoga do processo de alienação e estranhamento do homem de si e de sua própria essência, assim como da própria natureza. O trabalho alienado e o estranhamento provocado pelo modo de produção capitalista, baseado na propriedade privada, ou seja, na separação do trabalhador de si, de seu produto, de sua criação, faz com que esta assuma uma forma autônoma, fetichizante e, por isso mesmo, religiosa. Por isso, o presente trabalho visa problematizar as seguintes questões: 1) Qual a relação ou quais os elementos comuns entre o Capital (ou capitalismo) e a religião? 2) A influência e as contribuições da crítica da religião de Feuerbach para a crítica da economia política, encontram-se presentes somente nas obras do “jovem Marx”, ou, também, encontrar-se-iam presentes em suas obras de maturidade teórica, como O Capital, por exemplo? Sobre Marx e Feuerbach é preciso, ainda, nos perguntarmos: a crítica apresentada por Marx em relação à Feuerbach, como em suas famosas “Teses sobre Feuerbach”, por exemplo, representaria, em essência, uma “ruptura epistemológica” de Marx em relação à crítica de Feuerbach ou representaria, na verdade, uma complementação e desenvolvimento das posições feuerbachianas? 3) Quais as semelhanças e diferenças existentes entre a economia política moderna e a teologia? Por fim, nos questionamos se poderíamos afirmar que o capitalismo, além de corresponder a um modo de produção específico e histórico, também pode ser considerado uma espécie de religião? Neste sentido, o presente trabalho busca comparar os princípios que dão origem a religião e a idolatria religiosa com os princípios que dão origem a idolatria ou fetichismo da mercadoria, do Estado e, por fim, do capital. Assim sendo, pretendemos destacar a função que os pressupostos metafísicos-teológicos possuem no processo de reprodução e legitimação do capital, procurando explorar, ainda, a potencialidade crítica que as metáforas teológicas assumem na obra de Karl Marx. As teses que aqui defendemos são as de que: 1) O capitalismo não é uma religião, mas sim um modo de produção, histórico e transitório; Todavia, a economia política moderna e, portanto, o próprio liberalismo se apresenta muito mais como uma espécie de “teologia econômica” do que uma “ciência econômica” propriamente dita. 2) Não existe ruptura epistemológica de Marx com suas obras e “teses da juventude”; 3) De um modo geral e particular, direto e indireto, é possível observarmos o quanto a influência do método e da crítica da religião de Feuerbach é decisiva para a elaboração do método e da crítica desenvolvida por Marx, não apenas durante sua juventude, mas também em O Capital (1867).4) A analogia estrutural do capitalismo com a religião é um diagnóstico acertado de Marx, o qual indica para a necessidade de uma práxis adequada, capaz de enfrentar as ‘manhas teológicas e sutilezas metafísicas’ do capital.",
 	publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia},
 	note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais}
}