@MASTERSTHESIS{ 2024:697457741, title = {Repercussão na saúde mental de crianças e adolescentes na vigência da pandemia da covid-19 em região de fronteira}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7109", abstract = "A pandemia da Covid-19 gerou preocupações com as mudanças de comportamentos e no estilo de vida, os quais impactaram na saúde mental e no bem-estar das crianças e adolescentes, principalmente aquelas que vivem em ambientes socioeconômicos desfavorecidos. O presente estudo teve como objetivo analisar a repercussão da pandemia da Covid-19 na saúde mental de crianças e adolescentes atendidos no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil em município de Região de Fronteira. Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de coleta de dados dos prontuários das crianças e adolescentes com idade entre zero e 18 anos, atendidos no período de janeiro de 2018 a dezembro 2022. A coleta foi realizada de abril a maio de 2023, no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil em Foz do Iguaçu, utilizando um questionário elaborado no Google Forms, para coleta das variáveis sociodemográficas e clínicas registradas nos prontuários. Os dados foram exportados para planilhas Excel e utilizou-se o software Jamovi o teste Qui-quadrado de Pearson para a realização das análises estatísticas. No período pesquisado foram atendidos 1.457 pacientes, destes, 71,9% (n=1047) eram adolescentes, com predominância do sexo feminino 53,3% (n=777), sendo que 48% (n=700) moravam com apenas um dos genitores. Os diagnósticos mais frequentes, entre os adolescentes e crianças, foram os episódios depressivos e os transtornos ansiosos. As principais queixas no momento da admissão foram pensamentos suicidas 29% (n=434) e sintomas depressivos 25,8% (n=376). Houve aumento significativo durante a pandemia da Covid-19 de sintomas entre as crianças dos pensamentos suicidas 84,4% (n=34), ansiedade 74,6% (n=53), autoagressão 92,1% (n=35) e agressividade 55,6% (n=79), os adolescentes apresentaram maiores problemas de saúde mental relacionados aos pensamentos suicidas 65,3% (n=254), tentativas de suicídio 67,3% (n=111), ansiedade 81,4% (n=232) e de autoagressão 69,5% (n=196). A abordagem medicamentosa foi a mais utilizada durante a pandemia, ocorreram diminuições nas abordagens voltadas às práticas terapêuticas, e nos casos de internação psiquiátrica durante a pandemia. Esse estudo possibilitou conhecer as demandas psicossociais dos usuários de CAPSi de Foz do Iguaçu e concluiu que a pandemia da Covid-19 repercutiu de maneira negativa na saúde mental de crianças e adolescentes que vivem em região de fronteira internacional, visto o agravamento de sintomas. Espera-se que os resultados obtidos nesse estudo possibilitem aprofundar o conhecimento sobre o tema e contribua para a promoção e para o cuidado da saúde mental de crianças e adolescentes, bem como que possa oferecer conteúdo para pensar sobre a construção de políticas públicas que norteiam a saúde mental em períodos de grandes crises e epidemias.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }