@PHDTHESIS{ 2023:1680434719, title = {Planejamento energético e a conservação da fauna de peixe na bacia Tocantins - Araguaia: estudo de caso na sub-bacia do Rio do Sono}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7084", abstract = "O presente estudo aborda a fragmentação dos sistemas hídricos decorrente da construção de hidrelétricas e suas implicações na conservação da fauna de peixes, com foco nas espécies migradoras. As barragens restringem a movimentação dos peixes ao longo dos rios, impedindo o acesso às áreas essenciais para a sobrevivência das espécies. Este estudo divide-se em duas partes, a primeira trata das alterações considerando toda a bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia, e a segunda especificamente da bacia hidrográfica do Rio do Sono. Foram analisados os empreendimentos hidrelétricos em operação e planejados para a bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia, considerando a ocorrência de espécies de distribuição restrita e de migradoras. Para a bacia hidrográfica do Rio do Sono, afluente da margem direita do Rio Tocantins, cuja foz encontra-se no trecho lótico entre as hidrelétricas de Lajeado e Estreito, foram utilizados dados disponibilizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica, sobre as hidrelétricas em operação e planejadas e calculado o Índice de Fragmentação do trecho mais longo com base no comprimento da rede de drenagem, considerando o cenário natural, atual (2023) e futuro (2050). Os resultados revelam a existência de 75 hidrelétricas em operação na bacia Tocantins-Araguaia, com previsão de mais 119 até 2050, o que intensificará a fragmentação nos trechos inferiores do rio Araguaia e nos trechos inferiores e médios do rio Tocantins, especialmente a bacia hidrográfica do Rio do Sono. Os trechos mais afetados no futuro serão o alto rio Tocantins e o alto rio Araguaia. Na ecorregião Tocantins-Araguaia, trecho à montante da barragem de Tucuruí, foram registradas 701 espécies de peixes, sendo 218 delas com distribuição restrita à bacia, e 43 espécies estão ameaçadas de extinção, a maioria com distribuição restrita. Além disso, foram identificadas 66 espécies migradoras. Em relação ao Rio do Sono os resultados indicam que, no cenário natural, a bacia hidrográfica do Rio do Sono apresenta 12,96% de fragmentação devido a presença de cachoeiras naturais. Na situação atual, com três hidrelétricas em operação, a fragmentação atinge 29,03%, enquanto no futuro, considerando a implementação de todas as hidrelétricas planejadas, a fragmentação chegará a 93,22% da bacia. Os estudos de impacto e os Planos Básicos Ambientais são realizados tardiamente, após a definição das obras, dificultando o planejamento antecipado da conservação. Portanto, é necessária uma coleta abrangente de dados e o envolvimento das comunidades na conservação, considerando a diversidade biológica, socioambiental e cultural para fundamentar as discussões na bacia. Em relação ao Rio do Sono, é essencial selecionar cuidadosamente as localizações das usinas hidrelétricas, ou deixar de construí-las, preservando trechos livres para a manutenção dos ecossistemas fluviais e da ictiofauna.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca}, note = {Centro de Engenharias e Ciências Exatas} }