@PHDTHESIS{ 2023:1070497135, title = {A relação entre a natureza e o fetiche da mercadoria em Karl Marx}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7056", abstract = "Qual a relação entre o conceito de natureza e o fetiche da mercadoria no pensamento de Karl Marx diante da crise ecológica promovida pelo capital? Esta tese parte de tal problemática, cujo objetivo é investigar a relação entre o fetichismo do pensamento religioso e o fetichismo da mercadoria, bem como a) apontar as consequências do fetichismo da mercadoria para a práxis humana, b) sua relação consigo mesma e c) com a natureza. A época da dominação do capital sobre o trabalho marca-se por contradições sociais que transformaram profundamente os processos produtivos e o metabolismo entre os seres humanos e a natureza. O problema da natureza em Marx delimitado, metodologicamente, nesta tese, não é apenas um momento da dialética materialista, mas também elemento constitutivo da totalidade das múltiplas determinações da lógica do valor, que aparece desde as reflexões do jovem Marx, em a Diferença entre a filosofia da natureza de Demócrito e a de Epicuro (1841), passando pelas discussões nos Manuscritos Econômico-filosóficos (1844), até O Capital (1867). Em nossa investigação, a conceituação de natureza parte da forma social historicamente determinada pelo valor de uso e é estabelecida pelo desenvolvimento do intercâmbio humano-natureza, mediado pelo trabalho, no qual o movimento dialético do conceito de natureza é analisado em suas múltiplas determinações na relação com o conceito de fetiche da mercadoria. No primeiro capítulo, expõe-se a concepção de natureza de Marx, em sua diferenciação com as principais concepções anteriores da história do pensamento filosófico, além de entender o ser humano na dialética com a natureza, enquanto sujeito histórico na regulação metabólica de sua atividade produtiva. Ocorre que o estranhamento do trabalho, no modo de produção capitalista, causa uma ruptura metabólica na relação entre ser humano e natureza, fazendo com que esse estranhamento se exteriorize na questão da renda da terra, na acumulação da riqueza e no acirramento da luta de classes. No segundo capítulo, investiga-se como a crítica ao fetichismo religioso, realizada por Feuerbach, se relaciona com a reflexão crítica de Marx em relação ao conceito de fetiche da mercadoria, a fim de entender as consequências do fetichismo da mercadoria e o papel da ideologia na ruptura metabólica entre ser humano e natureza, assim como as bases filosóficas da relação de subjugação da natureza pela forma-mercadoria, tema do terceiro capítulo desta tese. No quarto e último capítulo, problematizam-se as concepções ideológicas de natureza, presentes na contemporaneidade, e a necessidade de superar essas correntes de pensamentos que operam para encobrir a lógica predatória do capital sobre a natureza. Portanto se faz imperativo apontar os pressupostos de uma nova relação metabólica entre ser humano e natureza, uma relação ética que vise a emancipar os seres humanos dos domínios do capital, liberte a natureza da sujeição pela forma-mercadoria, supere a barbárie instaurada, avance para além do capital e das formas sociais da mercadoria.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }