@PHDTHESIS{ 2023:716605214, title = {O adoecimento psíquico de jovens universitários: uma discussão sobre a saúde mental na Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6966", abstract = "Desde a Reforma Psiquiátrica vivenciada nos anos 70, e a mudança de paradigma frente às questões de saúde mental referenciada no relatório Saúde Mental: nova concepção, nova esperança (OMS, 2001) e a Lei nº. 10.216/2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental e, considerando o aumento significativo de pessoas acometidas de adoecimento e transtornos psíquicos, muito tem se discutido sobre o tema. Os dados referentes ao adoecimento psíquico na contemporaneidade são alarmantes, principalmente no que concerne à população jovem do país. No século XXI houve um aumento exponencial de diagnósticos de depressão, ansiedade e tentativas de suicídio nessa população. Tal realidade tem sido vivenciada em diversas instituições, inclusive no ensino superior. Tendo em vista esse panorama, o estudo parte da seguinte inquietação: qual o estado da saúde mental dos acadêmicos entre 18 e 29 anos dos cursos de graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE? Nesse sentido, o objetivo geral foi levantar dados sobre o estado de saúde mental desses estudantes, bem como compreender os elementos que contribuem para o adoecimento psíquico e o conhecimento que possuem a respeito da sua saúde mental. O estudo pautou-se nos constructos da Psicologia Histórico Cultural de Lev Semionovitch Vigotski e na Psicanálise de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Como método de pesquisa, utilizou-se o materialismo histórico-dialético. Desenvolveu-se uma pesquisa de campo, de método misto (quantitativo e qualitativo). Na primeira etapa, foi realizado um levantamento com 829 jovens de 18 a 29 anos que responderam a Escala EADS-21 para sintomas de ansiedade, depressão e estresse e a Escala de Ideação Suicida de Beck. Na segunda etapa, participaram cinco acadêmicos que apresentaram maiores índices de sofrimento psíquico na primeira etapa do estudo. Identificou-se que mais de 50% apresentaram sintomas severos ou extremamente severos para sintomas de ansiedade, depressão e estresse. As tentativas de suicídio somam mais de 17% de toda a amostra. Nas narrativas de vida, os acadêmicos salientaram que o tema da saúde mental é pouco discutido no ambiente acadêmico e que os meios de acolhimento para casos de sofrimento e/ou adoecimento psíquico são insuficientes. Há dificuldades nas relações interpessoais, principalmente na relação professor-aluno (marcada por cobranças), o que gera sofrimento sobre os anseios da vida profissional. Como resultados, além da descrição reflexiva que responde à pergunta-problema, criou-se uma proposta psicossocial de políticas internas permanentes para a promoção e prevenção da saúde mental discente na UNIOESTE, com uma visão descentralizada para que o ambiente universitário possa trabalhar a saúde mental, que gere acolhimento e fortaleça uma formação crítica e humanizada, ressaltando o papel social na formação acadêmica frente aos aspectos que envolvem a saúde mental na contemporaneidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }