@MASTERSTHESIS{ 2023:1329127259, title = {Percepção de risco do HIV/Aids de jovens universitários em região de fronteira sob a ótica do modelo de crenças em saúde}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6952", abstract = "Apesar dos avanços para enfrentamento da epidemia da infecção pelo HIV nos últimos anos, se reconhece que estes têm sido insuficientes, especialmente entre os jovens. Este grupo populacional é considerado vulnerável e pode apresentar baixa percepção de risco para a infecção pelo vírus. A pesquisa teve por objetivo compreender a percepção de risco de jovens universitários sobre o HIV/Aids em uma região de Fronteira. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa utilizando-se o referencial teórico do Modelo de Crenças em Saúde, realizado em Foz do Iguaçu, Brasil, na tríplice fronteira com Paraguai e Argentina. Foram realizadas entrevistas com 34 jovens universitários, com idades entre 18 a 24 anos, no período de setembro a dezembro de 2022, utilizando um roteiro semiestruturado. As entrevistas foram audiogravadas e transcritas na íntegra, sendo analisadas pela análise temática de conteúdo. As categorias foram pré-definidas de acordo com as quatro dimensões do modelo de crenças: Suscetibilidade Percebida, Severidade Percebida; Benefícios Percebidos, Barreiras Percebidas. Os jovens reconhecem a via sexual como a principal forma de transmissão do HIV, entretanto, alguns acreditam que possa ser transmitido através do contato com saliva, beijo, banheiros públicos e vacinas contaminadas. Grande parte dos jovens, não se percebe em situação de risco para contrair o HIV, pela confiança depositada no parceiro(a), ou por referir ter parceiro fixo; e reconhecem que em algum momento já praticaram ou praticam o sexo desprotegido. Os jovens acreditam que viver com HIV/Aids não é tão nocivo à saúde, devido a evolução da ciência e as possibilidades de tratamento com os medicamentos, porém, referem que o principal dano e prejuízo envolve o campo social, devido ao preconceito e o estigma na sociedade. Os principais benefícios da prevenção seriam não contrair o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, além de evitar uma gravidez indesejada. As principais barreiras da prevenção descritas foram: a falta de conhecimento, informação e conscientização sobre a doença, baixas condições socioeconômicas, e ausência de políticas públicas. Entre as barreiras para o uso do preservativo, foram elencadas a sensação provocada pelo preservativo e a má qualidade daqueles distribuídos gratuitamente, além da pressão do parceiro do sexo masculino sobre a mulher no momento da relação sexual para não utilizar. Os jovens estrangeiros que estudam no Brasil, podem estar mais vulneráveis à infecção pelo HIV, uma vez que relataram que nos seus países de origem, falta informação e abordagem quanto a prevenção do HIV, inexistência de educação sexual nas escolas e acesso dificultado aos métodos de prevenção. Assim, se tornam necessárias a adoção de políticas públicas voltadas para a população jovem que contribuam na diminuição das vulnerabilidades desses estudantes, bem como, o desenvolvimento no ambiente escolar de educação sexual, com vistas a intensificar as ações educativas, somado a outras medidas como ampliação da oferta de testagem oportuna, melhoria na qualidade dos preservativos distribuídos gratuitamente, políticas direcionadas à redução de danos e a diminuição do consumo de álcool entre os jovens.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }