@MASTERSTHESIS{ 2023:2139150054, title = {O enfrentamento da pandemia da Covid-19 na percepção de profissionais de saúde de unidades prisionais em município de fronteira}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6951", abstract = "Desde a confirmação oficial do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, estratégias vêm sendo desenvolvidas para conter o avanço da doença no país. É de senso comum que as condições de encarceramento no Brasil têm como características: celas superlotadas e pouco ventiladas, acesso limitado a saneamento básico e unidades prisionais sem módulo de saúde, ou com ambientes precários para o atendimento à saúde. Com isso, uma preocupação adicional a este contexto de pandemia referiu-se à disseminação do coronavírus nas unidades prisionais do Brasil. Tendo isso em vista, a presente investigação teve como objetivo, analisar a implantação e operacionalização das diretrizes para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 nas unidades prisionais de um município de fronteira, a fim de compreender as potencialidades e fragilidades no enfrentamento da Covid-19 a partir da ótica dos profissionais da saúde que atuaram nas unidades prisionais durante a pandemia. Trata-se de um estudo de campo, descritivo com abordagem qualitativa, dividido em duas etapas, entrevistas com os profissionais de saúde que atuaram nas unidades prisionais durante a pandemia e pesquisa documental. A coleta de dados qualitativos e quantitativos foi realizada nos períodos de janeiro a julho de 2023. Para a análise dos dados qualitativos foi usada a análise de conteúdo de Bardin. Como resultados da pesquisa, observou-se que no período de 2020 a 2022 o número total de casos confirmados foi de 1038, sete surtos e duas internações que evoluíram para dois óbitos registrados. 4,7% dos casos possuíam algum tipo de comorbidade e 43.9% estava na faixa etária entre 26 e 36 anos, seguido por 36 a 45 anos com 23,5% dos casos, 18 a 25 anos com 20% dos casos, 46 a 65 anos com 10,9% e pessoas com mais de 65 anos, 1,7% dos casos. Além disso, o estudo permitiu estabelecer um panorama geral da pandemia da Covid-19 nas unidades prisionais da cidade de Foz do Iguaçu descrevendo a estrutura organizacional, os processos adotados pela unidade, assim como os resultados que o trabalho realizado pela equipe de saúde em conjunto com a administração das unidades trouxe para a população prisional. Ao final, pôde-se compreender que entre as maiores dificuldades vividas pelas equipes durante a pandemia, a falta de recursos humanos suficientes para auxiliar na assistência foi uma queixa constante e os reflexos disso no ambiente de trabalho foram profissionais cansados e sobrecarregados. A falta de recursos humanos é um sério problema de saúde pública que pode ocasionar não somente prejuízos à saúde das pessoas privadas de liberdade que dependem destes profissionais para assistência, mas também danos à saúde física e mental dos profissionais da saúde.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }