@PHDTHESIS{ 2023:1276912852, title = {Agricultura familiar e relações de gênero: mapeando a região sul do Brasil}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6905", abstract = "A agricultura familiar está envolta de relações de desigualdades, especialmente no sul do Brasil. Os processos de desigualdades de gênero são frequentes e incidem diretamente nas relações do campo, como a preferência por homens no processo de sucessão e herança, a configuração de que o trabalho feminino é ajuda, a falta de reconhecimento do trabalho doméstico, entre outras questões apontadas por Brumer (2004) e Paulilo (2016). Tendo em vista a importância da agricultura familiar, torna-se imprescindível entender as dinâmicas que acontecem neste setor e os (as) sujeitos (as) que as compõem. A presente pesquisa pretende contribuir com a ciência geográfica feminista, pois além de evidenciar as desigualdades vividas no campo, por meio de um mapeamento a partir dos censos agropecuários, tem o foco na disseminação desses conhecimentos de maneira didática e de fácil acesso, almejando a desconstrução de pensamentos e a visão crítica das desigualdades de gênero vividas no campo, com ênfase na agricultura familiar do sul brasileiro. Nossa tese é a de que processos de desigualdades de gênero, que colocam as mulheres do campo em situações inferiores às dos homens, estão baseados em uma estrutura patriarcal que pode ser mapeada, utilizando os censos agropecuários, e denunciada tanto pela academia quanto pelos movimentos sociais. Com a visibilidade dessas desigualdades, visamos contribuir para a ruptura desse sistema. O objetivo geral é identificar as desigualdades entre os gêneros na lógica da agricultura familiar e atrelar tais fatores à organização espacial da agricultura familiar do sul do Brasil. A pesquisa foi composta por cinco etapas principais, são elas: pesquisa bibliográfica, coleta de dados, construção de produtos cartográficos, análise dos resultados e seis entrevistas com diferentes mulheres líderes de organizações acerca da situação da mulher no campo. As etapas foram construídas e reconstruídas concomitantemente ao longo do período de pesquisa. O recorte utilizado no estudo é composto pelas mesorregiões: Noroeste Rio-grandense, Oeste Catarinense e Oeste Paranaense. Utilizamos a cartografia temática como ferramenta para a discussão do problema de pesquisa. Foram discutidas numerosas situações que possibilitaram observar as desigualdades de gênero. Abordamos a quantidade de estabelecimentos com direção feminina, área, herança, empregabilidade e em nenhuma dessas categorias as mulheres superaram o número de homens. Foi observado que a carga histórica do patriarcado, mesmo que de maneira diferente e às vezes de forma sutil, ainda se faz presente. Assim, concluímos que o patriarcado não está extinto, mas, sim, imbricado nas relações sociais da agricultura familiar, o que pôde ser visto e retratado nos mapas e gráficos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }