@PHDTHESIS{ 2023:496815751, title = {O trabalho (im)produtivo como não-idêntico ao modo de produção capitalista: uma perspectiva a partir de K. Marx e T. Adorno}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6882", abstract = "Esta tese tem, como objetivo, apresentar o conceito de trabalho (im)produtivo enquanto não-idêntico ao modo de produção capitalista, no sentido de ser produtivo para o ser humano, e não ao capital; o intuito é evidenciar a dimensão crítica do trabalho não coadunado com a lógica da valorização do valor. Para tanto, tomamos como referenciais teóricos centrais, as contribuições de Karl Marx e de Theodor W. Adorno. Abordamos, no primeiro capítulo, a estrutura conceitual pressuposta pela concepção capitalista de trabalho (im)produtivo, na forma como é examinada por Marx; e numa perspectiva adorniana, apresentamos tal estrutura por meio de uma constelação conceitual. Iniciamos pela tematização do trabalho como categoria fundante do ser humano, ou seja, sua caracterização independente das limitações sofridas na sociedade capitalista; passamos, então, a enfatizar o significado específico e limitado a que foi reduzido na lógica da produção capitalista, destacando os seguintes aspectos: duplo caráter do trabalho, mercadoria, mercadoria força de trabalho e, por fim, a mais-valia enquanto fim supremo, orientador e identificador de toda a dinâmica produtiva e social regida pela lógica capitalista. No segundo capítulo, expomos o conjunto das particularidades que permite evidenciar e compreender os principais elementos a compor a definição de trabalho produtivo e de trabalho improdutivo, no âmbito do capital, demonstrando, em suma, que o capitalismo tem seu impulso vital fundado na extração de mais-valia, mantendo-a como parâmetro estruturante permanente ao longo de todo e qualquer processo de produção. No terceiro capítulo, problematizamos o arcabouço teórico e conceitual pressuposto pela concepção capitalista de trabalho produtivo, evidenciando seus limites imanentes para, a partir desse diagnóstico e na forma de uma composição constelacional própria, desenvolvermos uma perspectiva crítica que permita compreender a obtenção de mais-valia como o resultado daquilo que denominamos princípio de identidade do capitalismo. Tratamos, também, das consequências danosas que esse princípio tem sobre o trabalhador. Em síntese, o trabalho, produtivo para o capital, na verdade, é improdutivo para o ser humano, sobretudo para o trabalhador; o trabalho que produz a riqueza na forma de capital, produz, ao mesmo tempo, miséria aos trabalhadores, dado que a riqueza constituída socialmente é apoderada de modo privado; tal é o problema que esta pesquisa diagnostica. A fim de indicar perspectivas para sua superação, recorremos ao conceito adorniano de não-idêntico, o qual se refere aos elementos que não se coadunam com o princípio de identidade capitalista, portanto, aponta para a necessidade de superá-la para construir outra forma de organização da produção. É considerando esse pressuposto que concebemos o trabalho, produtivo ao ser humano e improdutivo ao capital, como não-idêntico ao modo de produzir baseado na exploração. Por fim, no quarto capítulo, partindo do entendimento de que o trabalho produtivo como não-idêntico ao capitalismo é carregado de potencial subversivo e crítico, e de que somente poderá ser adequadamente reconhecido e tomar materialidade efetiva quando o trabalho não for determinado pela forma de sociabilidade do capital, apontamos à necessária ruptura com o princípio de identidade dominante, o que requer superar o próprio capitalismo.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }