@PHDTHESIS{ 2023:957608660, title = {Mapas táteis como mediadores pedagógicos no conhecimento do município}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6872", abstract = "A presente tese foi desenvolvida como requisito para doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Geografia, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus de Francisco Beltrão, na Linha de Pesquisa Educação e Ensino de Geografia. A pesquisa surgiu a partir de estudos desenvolvidos no Laboratório e Grupo de Pesquisa Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas (RETLEE) e como continuidade da dissertação de mestrado defendida no ano de 2016, com o título: “A linguagem cartográfica no ensino e aprendizagem de Geografia para alunos cegos”. Esta investigação teve como objetivo principal analisar a compreensão e a importância dos mapas táteis, como recursos mediadores na construção do conhecimento geográfico, com estudantes cegos. Tal propósito se justifica devido aos problemas identificados e vividos como pesquisadora e professora de Geografia, atuante na escola há oito anos. Também por meio do diálogo com professores que trabalham na Educação Básica e no Ensino Superior, cujos relatos cotidianos reafirmam as dificuldades nas suas experiências no ensino de Geografia, ao trabalharem com estudantes cegos. Eles relatam a carência de mapas táteis, principalmente no estudo do município. Este texto se materializa permeado em referenciais da Educação e da Geografia, com os autores: Santos (2008, 2014a, 2014b, 2014c), Lacoste (2009), Callai (1995, 2010, 2017), Cavalcanti (2010, 2013, 2017), Francischett (2010, 2014), Loch (2008), Nogueira (2007, 2009), Nascimento et al. (2009), Vigotski (1997, 1998, 2009, 2017, 2022), dentre outros. Trabalhamos pautados em Yin (2001), para embasar o caminho metodológico da investigação, com procedimentos que se concretizaram por meio de diagnóstico, com entrevistas semiestruturadas individuais com professores e estudantes (cegos e videntes). Também pela avaliação dos recursos didáticos elaborados por nós, com professores e estudantes cegos. O estudo de caso ocorreu com a delimitação territorial para o município de Francisco Beltrão-PR, por ser este o lugar de vivência da pesquisadora e dos demais participantes, num total de 21 sujeitos, (cinco cegos e 16 videntes), que estudam ou trabalham em cinco instituições de ensino públicas urbanas do município: Colégio Estadual Mário de Andrade - Anos Finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Normal e Profissional; Colégio Estadual Beatriz Biavatti - Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio; (Atual Cívico Militar); Escola Municipal Professor Pedro Algeri - Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e; no Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais (PEE), da UNIOESTE. Identificamos as contribuições das representações cartográficas táteis, para a leitura do lugar. Para tal foi organizada uma sequência didática de mapas táteis, que foi avaliada na metodologia de elaboração, de construção, de reprodução e da leitura desses mapas-base. Com os resultados obtidos e indicados pelos sujeitos, elaboramos mapas táteis do município de Francisco Beltrão, com o intuito de concretizar a proposta de apoio didático, para o estudo da categoria lugar com estudantes cegos. A este conjunto de mapas denominamos: “Do lugar ao mundo”, que foram lidos e avaliados por cinco sujeitos cegos e, posteriormente, reproduzidos na máquina de termoformagem do LaboratórioRETLEE, na UNIOESTE. Na sequência, estes mapas foram disponibilizados para as instituições de ensino, participantes na pesquisa. Seguimos cada vez mais confiantes na perspectiva da Cartografia Escolar Crítica, que na relação dialética, possibilita dialogar sobre os problemas e traz possibilidades para transformar o ensino na educação geográfica. As evidências confirmam que o ambiente escolar é um dos locais onde as adaptações precisam ser realizadas constantemente, tanto na estrutura física, quanto na didática. Defendemos a ideia de que os mapas táteis são recursos mediadores do conhecimento e permitem a compreensão de mundo aos cegos, desde que eles sejam orientados didaticamente e os sujeitos tenham oportunidades para a leitura tátil. A Cartografia Escolar, pela perspectiva Crítica, possibilita a compreensão dos conceitos geográficos. Cada uma das etapas metodológicas seguiu pela perspectiva de “como orientar” para que seja possível trabalhar com os mapas táteis. Uma vez que a compreensão da forma do município, do território desse lugar, depende de como os sujeitos cegos compreendem o espaço geográfico, o que se torna possível por meio das representações. Isto perpassa pelas relações sociais vivenciadas e pelas oportunidades experienciadas por eles. O ineditismo, desta pesquisa, está na proposta metodológica elaborada e avaliada como possibilidade para o estudo do lugar, do município, com estudantes cegos, por meio de mapas táteis que podem ser elaborados para cada um dos demais municípios. A cientificidade está no reconhecimento de que esta pesquisa não fica só no município estudado, perpassa os limites territoriais e oferece símbolos, simbologias e signos que poderão ser utilizados como linguagem universal para a elaboração de mapas táteis, a exemplo do que é referência no Brasil: o Instituto Benjamin Constant (IBC/RJ); o Laboratório de Ensino e Material Didático (LEMADI/USP/SP); o Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LabTATE/UFSC/SC) e agora no Laboratório Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas (RETLEE/UNIOESTE/PR).", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }