@PHDTHESIS{ 2023:1309370151, title = {A tirania do juízo no berço das civilizações helênica e judaica e seu modus operandi na contemporaneidade}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6868", abstract = "A pesquisa versa sobre a tirania do juízo e sua persistência em aprisionar os corpos, tendo como linha investigativa a mitologia e a religião ocidental. Para se contrapor à tirania do juízo, segue-se uma linha investigativa que advém da imanência filosófica de Spinoza e se estende por Nietzsche, Deleuze, Guattari e Lawrence. Após mostrar sua presença na história ocidental, mais especificamente nas raízes micênicas da Grécia, judaicas do cristianismo e em seu posterior desdobramento no neopentecostalismo cristão, a Tese cria uma perspectiva que apresenta o movimento de construção e fortalecimento do juízo em meio aos estratos religiosos que vão se solidificando e metamorfoseando ao longo da história. A seleção e exposição dos períodos, das obras, das estórias mítico-religiosas são feitas com vistas a ressaltar a manutenção e o predomínio daquilo que Deleuze chamou de “dívida infinita”, presente desde a maldição dos Atridas que recaiu sobre Tântalo e sua génos (descendência) e assolou as grandes personagens da mitologia micênico-grega e judaico-cristã. O problema que move a pesquisa é a busca pelo modo de difusão do juízo, sua constante tensão e disputa com o movimento dos corpos e afetos produzidos por ele, muitas vezes inibidos pela força repressiva do juízo. A pesquisa defende que essa disputa é infinda, uma vez que, desde que o homem estabelece relações transcendentes com o “sagrado”, já é possível falar em dominação e subserviência dos corpos. A perspectiva exposta não supõe que as religiões se deterioram e desaparecem ao longo do tempo, enfraquecendo o juízo e possibilitando novas perspectivas de vidas porvir, livres do juízo; ao contrário, ela sustenta que o enfraquecimento das religiões de outrora serve de húmus fertilizante para o surgimento de novas denominações que não param de ascender e dar sobrevida ao juízo. O que leva a afirmar que a filosofia está sempre em relação de tensão com seu oponente mais robusto, possibilitando apenas rotas de fuga em meio ao denso caminho enlameado pelo “juízo de Deus”.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }