@MASTERSTHESIS{ 2023:459915680, title = {Sericina: revisão e efeitos do biocurativo na cicatrização de feridas na pele}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6856", abstract = "A sericina é uma proteína produzida pelo bicho-da-seda, Bombyx mori (Lepidoptera, Bombycidae), e utilizada na construção do casulo de seda. Apresenta uma constituição de aminoácidos (semelhante às proteínas do extrato córneo da pele humana), com propriedades hidratantes, de biocompatibilidade. Auxilia nos processos de migração e proliferação, com potencial aplicação para o tratamento de feridas na pele. Dependendo da gravidade da ferida, pode ocorrer comprometimento na integridade funcional do órgão, como em casos de queimaduras. A busca por tratamentos, cada vez mais efetivos voltados à melhora no processo de cicatrização, tem sido uma constante, e as pesquisas com o uso da sericina se apresentam como alternativa nesse processo. Assim, essa pesquisa teve como objetivos analisar as propriedades cicatrizantes de um biocurativo de sericina no tratamento de feridas provocadas por queimaduras e agrupar evidências do uso clínico da sericina na cicatrização de feridas, especialmente queimaduras, por meio de revisão sistemática. Tal revisão foi efetuada nas bases de dados PubMed, Science Direct, Lilacs, Scopus, Web of Science e Google Scholar, com o uso dos descritores na língua inglesa sericin, wound healing, e clinical trial sem limitação de idiomas e período de publicação. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que utilizaram a proteína sericina na composição dos tratamentos de feridas de pele, independentemente do tipo de ferida, etiologia, local, idade e sexo dos participantes, sendo excluídos estudos que não se enquadraram nesses critérios. O estudo experimental foi desenvolvido com 40 ratos Wistar, separados aleatoriamente em quatro grupos: controle (com pele íntegra); queimado (pelo calor e não tratado); queimado (tratado com curativo Aquacel Ag®); e queimado (tratado com biocurativo de sericina). A queimadura foi realizada na região interescapular, com 1,5 x 1,5 cm de diâmetro. Após 13 dias de experimento, os animais foram eutanasiados. Foi retirado o segmento da pele que seguiu o processamento histológico de rotina, colorações pela hematoxilina e eosina, como também o tricrômico de Masson para avaliações microscópicas. Na pesquisa de revisão, foram incluídos quatro estudos, todos realizados na Tailândia. Três deles trataram feridas de áreas doadoras e apenas um de feridas provocadas por queimaduras. Esses estudos usaram curativos previamente desenvolvidos e pomada de sulfadiazina de prata com adição de sericina, respectivamente. A sericina se mostrou eficiente na repitelização e, em alguns trabalhos, a proteína da seda apresentou melhores índices nas escalas de dor, sem relatos de reações adversas ou complicações. Os resultados do experimento evidenciaram que o biocurativo de sericina apresentou resultados similares ao Aquacel Ag® para espessura de epiderme e quantificação do tecido conjuntivo indicando potencialidade no tratamento de feridas por queimaduras. A reepitelização e neoangiogenese não apresentaram diferenças entre os grupos tratados, fato achado no grupo tratado por biocurativo de sericina por ter sido influenciado pelo aumento significativo infiltrado inflamátorio. Conclui-se,então, que existe uma carência nos ensaios clínicos que usem a sericina. E, com base nos estudos existentes, o biopolímero da seda apresenta boa segurança e biocompatibilidade. No estudo experimental o biocurativo de sericina apresentou potencial aplicação na cicatrização de feridas por queimadura, verificado pela ação na replicação dos queratinócitos e aumento no conjuntivo, sendo necessários estudos adicionais com lesões menos profundas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }