@PHDTHESIS{ 2023:1810927801, title = {Uma trajetória das narrativas híbridas de história e ficção infantil e juvenil no Brasil: as ressignificações do passado como vias de descolonização na formação leitora}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6855", abstract = "A literatura infantil e juvenil nem sempre foi vista como arte capaz de emancipar o leitor em formação, mas, sim, como um instrumento pedagógico, produzida para ensinar, moralizar, instrumentalizar o sujeito em desenvolvimento. Contudo, sabe-se que, concomitantemente a isso, outras produções literárias infantis e juvenis emergiram e com elas a imaginação, a fantasia e a possibilidade de analisar o mundo e a si mesmo afloraram. Nesse sentido, observamos uma corrente literária que consideramos relevante à formação do leitor literário em desenvolvimento: a literatura híbrida de história e ficção infantil e juvenil. Assim, esta pesquisa com a literatura para estudantes em formação leitora é decorrente de nossa atuação como docentes e dos interesses do Grupo de Pesquisa “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”. Esta tese busca estabelecer a sistematização de uma trajetória da literatura híbrida de história e ficção infantil e juvenil no Brasil, a exemplo do que fez Fleck (2017) com relação ao romance histórico voltado ao público adulto. Para isso, tomamos como apoio teórico os apontamentos de Candido (2006), Lajolo; Zilberman (2009), Cademartori (2010), Andruetto (2012), entre outros. Com relação às produções híbridas de história e ficção da literatura infantil e juvenil brasileira, as esparsas informações de Coelho (2010) e Luft (2011) são propulsoras desta. No âmbito maior das produções híbridas, apoiamo-nos em pressupostos de Fleck (2007; 2017) que estabelecem a trajetória do romance histórico como gênero híbrido para o público adulto. Ancorados na proposta de Fleck (2017), realizamos um estudo comparado das produções desse gênero no âmbito da literatura infantil e juvenil brasileira, buscando aproximá-las da última modalidade romanesca estabelecida nos referidos estudos. Isso nos possibilitou analisar a literatura híbrida de história e ficção infantil e juvenil no Brasil e a estabelecer a sua trajetória. Para evidenciar o teor dicotômico dessas narrativas, analisamos uma amostragem significativa de obras, segundo os grupos, fases e modalidades que nosso estudo permitiu-nos estabelecer. Como resultados, constatamos que essa literatura híbrida no Brasil vem crescendo, constituindo uma trajetória que evidencia, atualmente, dois grupos de narrativas: acríticas e críticas; três fases: a instauração acrítica/à transição crítica; a implementação crítica/mediadora; a consolidação crítica; e três modalidades: a tradicional/acrítica, a crítica/mediadora e a crítica com tendência à desconstrução. Tais narrativas híbridas revelam-se uma possibilidade de aproximar, criticamente, os leitores infantis e juvenis das narrativas oficiais, permitindo-lhes ressignificar seu passado ao preencher as lacunas deixadas pelo discurso historiográfico hegemônico, formando-se leitores literários rumo à descolonização, pela leitura dos projetos estéticos decoloniais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }