@MASTERSTHESIS{ 2023:1898687119, title = {Capital cultural e sucesso escolar de alunos cegos}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6778", abstract = "A pesquisa analisou a importância da cultura, do capital cultural, da interação social e da linguagem produzida nas relações familiares de pessoas cegas, buscando compreender como estas agem sobre sua aprendizagem e seu desenvolvimento. A motivação para empreender a pesquisa esteve estreitamente relacionada à atuação profissional frente ao apoio pedagógico no atendimento de pessoas com deficiência visual e das interações com alunos cegos e suas famílias. O objetivo consistiu em analisar a relação que se estabelece entre o capital cultural advindo da família de alunos cegos e o sucesso escolar alcançado por estes. Para tanto, a pesquisa buscou compreender o tema do capital cultural, diante de processos educacionais formais, de alunos cegos, de modo a discutir, diante do debate que se volta aos processos educacionais de cegos, um elemento de ordem sociocultural. Para tanto, realizamos análise das Políticas Educacionais voltadas à Educação Especial, com vistas às demandas da deficiência visual; bem como identificamos os procedimentos adotados em instituições escolares, voltados aos processos de ensino e de aprendizagem do aluno cego, a fim de compreendermos o conjunto de disposições que agem sobre a pessoa cega e que possibilitam abstrair as estruturas estruturantes que podem permitir, através de um dado capital cultural, alcançar o sucesso escolar, especialmente os advindos da família do estudante cego. Nesse contexto, foram realizadas entrevistas por meio de um protocolo de observação, aplicado junto às três famílias selecionadas e aos professores da rede estadual de educação, que atendem aos alunos cegos. Para isso, os procedimentos metodológicos adotados aliam a pesquisa bibliográfica com a pesquisa de campo, por meio da análise de um protocolo de observação. A pesquisa se sustenta em uma abordagem sociológica, com base na teoria bourdieusiana, dispondo de um referencial teórico que possibilitou analisar a imbricação família-aluno cego. Autores, como Bourdieu (2013) e Passeron (2014), contribuíram, ao proporcionar um pensar sociológico sobre a deficiência, a partir da perspectiva do habitus e do capital cultural que envolve processos educacionais, seja no campo escolar, familiar e nas relações sociais, além de autores, como Amiralian (2017), Bruno (1997), Lemos (2000), Lima (2007), Motta (2018), Vigotski (2019), Viralonga (2013), com os quais se fundamentam os estudos relativos à deficiência visual, às especificidades que envolvem o processo de ensino e de aprendizagem e suas interfaces com a Educação, assim como Arroyo (1997), Bueno (2004) e Lahire (1997) possibilitaram uma análise acerca do fracasso/sucesso escolar por intermédio de uma perspectiva cultural. As análises direcionaram ao entendimento de que o habitus familiar possui papel central para o sucesso escolar de alunos cegos, pois as famílias que adotaram, em suas relações, práticas que incentivaram a autonomia e a independência nos cuidados pessoais de seu filho, propiciaram que tais práticas se desdobrassem em autonomia e independência nos processos de escolarização e socialização, obtendo, como resultado, o sucesso escolar deles. Em consonância com práticas inclusivas, desenvolvidas entre escola, família, Atendimento Educacional Especializado e Ensino Comum, os alunos cegos podem obter sucesso escolar.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }