@MASTERSTHESIS{ 2022:527550589, title = {PADRÕES DE SONO DA DÍADE MÃE-BEBÊ PREMATURO E SUAS IMPLICAÇÕES NOS INDICADORES DE SAÚDE MENTAL MATERNA}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6694", abstract = "O nascimento de um filho, sobretudo prematuro, é fator de mudança em diversos aspectos da vida da mulher, tanto físico, social, econômico, quanto psicológico. Este é um fenômeno delicado que pode oportunizar a ocorrência de transtornos psicológicos às mães, como ansiedade e depressão. Este estudo buscou avaliar, por meio da comparação por pré e pós testes, a repercussão da orientação psicoeducativa padronizada na mudança de padrão de sono da díade mãe-bebê prematuro, de seis a 24 meses de idade corrigida, e do sono nos indicadores da saúde mental materna. Para tanto, realizou-se pesquisa de intervenção, quase-experimental, de natureza avaliativa, com acompanhamento, durante um mês, de dois grupos homogêneos (grupo controle e grupo de intervenção) de díades mãe-bebê, em um serviço especializado de atendimento, de maio de 2021 a janeiro de 2022, por via de tecnologia da informação e comunicação. O protocolo para o grupo intervenção compreendeu orientações verbais e por escrito via infográfico em formato de folder, com detalhamento sobre rotinas de sono adequadas e higiene do sono do bebê. Para o grupo controle, ofertaram-se informações realizadas por outros profissionais da saúde, rotina padrão do serviço em estudo. A amostra foi obtida por conveniência, considerando-se tamanho de efeito médio equivalente a 0,50, um erro tipo I (α) igual a 0,05 e um poder de análise bicaudal de 0,95, resultando em uma amostra de 54 mães de prematuros, conforme indicado para o teste t de amostras dependentes. Sendo composta de 52 unidades amostrais em pré-teste, sendo 26 participantes do grupo controle e 26 do grupo intervenção. Os instrumentos de medida empregados foram: Questionário sociodemográfico, Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI-BR) e Avaliação dos distúrbios de sono, para verificação da qualidade de sono da mãe e do bebê e Self Resport Questionnarie (SQR-20) para a verificação de indicadores de saúde mental materna. Realizou-se análise das variáveis socioeconômicas em relação aos escores obtidos em cada escala aplicada antes e após a intervenção para verificar a sua influência sobre o sono da mãe e do bebê e sobre a saúde mental materna. Como resultados, tem-se que o grupo controle apresentou uma piora significativa no tempo do sono após o nascimento do bebê, quando comparado ao grupo intervenção, como ditam os dados a seguir. Ressalta-se que o grupo controle recebeu apenas um material explicativo simplificado, enquanto o grupo intervenção recebeu um material explicativo em formato de vídeo com um número maior de explicações sobre o tema de cuidado do recém-nascido prematuro. A variação média do tempo de sono das mães do grupo controle diminuiu significativamente (p < 0,0001; Tabela 1) em cerca de 6,33 horas, à medida em que o das mães do grupo intervenção aumentou em 0,25 horas, isto é, em 15 minutos, mostrando a eficiência da intervenção realizada. Pôde-se notar que, no grupo controle, entre as mães com maior idade, menos horas de sono elas perderam após o nascimento de seus filhos. Já as mães mais jovens possuem uma maior redução na variação no tempo de sono (Figura 2), indicando um piora na qualidade de sono. Padrão diferente foi observado para o grupo intervenção, no qual praticamente não foi observada alteração na variação do tempo de sono pós-intervenção em relação à idade das mães. Diferença estatística foi também obtida na variação média do tempo de sono pós-intervenção das mães quando avaliada a interação entre os grupos controle e tratamento, o peso dos filhos ao nascer e a ordem de nascimento destes (p = 0,0172; Tabela 1). Verificou-se que, para bebês com menos do que 2kg, a ordem do nascimento praticamente em nada afetou a variação do tempo de sono pós e pré intervenção em nenhum dos grupos estudados (controle e intervenção), havendo, ainda, certa melhora no tempo do sono de mães do grupo intervenção em relação aos 10 seus últimos filhos. Para bebês com mais de 2kg, entretanto, observou-se uma queda no tempo do sono para mães do grupo intervenção em relação à ordem dos filhos, ou seja, mães que tiveram seu 4º filho dormiram menos após a intervenção. Já para as mães do grupo controle, notou-se o contrário, sendo que, nos últimos filhos, tais mães dormiram mais (Figura 3). Porém, vale ressaltar que, apesar de uma indicação de piora da qualidade do sono nas mães que receberam a intervenção e cujos filhos tinham mais de 2 kg, essa redução de sono foi de aproximadamente 2 horas, enquanto que as mães do grupo controle chegaram a reduzir mais de 10 horas de sono.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }