@MASTERSTHESIS{ 2023:1890572824,
 	title = {Corpos em luto, palavras em luta: literatura e direitos humanos na  obra Mulheres empilhadas, de Patrícia Melo},
 	year = {2023},
 	url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6651",
 	abstract = "No contexto contemporâneo da América Latina, principalmente nas últimas duas décadas, 
 produções literárias de autoria feminina têm buscado romper com discursos sacralizados pelo 
 sistema moderno/colonial e de gênero. Em Mulheres empilhadas, obra publicada em 2019, a 
 escritora brasileira Patrícia Melo tematiza a violência contra as mulheres para pensar a 
 sociedade atual por meio de lentes que focalizam uma perspectiva diferente da que se construiu 
 por séculos em relação às mulheres. Nesse sentido, esta pesquisa mobiliza o romance em 
 questão a fim de evidenciar e analisar as estratégias narrativas utilizadas pela autora, com 
 destaque à diversidade de formas discursivas e de linguagens – que operam nos limites entre a 
 realidade e a ficção – e ao contato com as culturas indígenas, motivado pela viagem da 
 narradora, que transita entre o urbano e a floresta, de São Paulo ao Acre. Para tanto, procuramos
 estimar em que grau e de que modo a literatura de autoria feminina fortalece os movimentos 
 feministas decoloniais e como as lutas sociais contribuem para que mulheres escrevam e sejam 
 lidas; investigamos como se constitui o processo de tripla narração de Mulheres empilhadas, 
 com o objetivo de compreender a tecitura da obra a partir de forma e conteúdo em sincronia; e 
 destacamos o protagonismo das mulheres indígenas especialmente com base na presença de 
 mitos dos povos originários brasileiros, com ênfase na mitologia amazônica, ao longo da obra. 
 As discussões propostas são fundamentadas a partir da Literatura Comparada, com Tania 
 Franco Carvalhal (2003) e Zilá Bernd (2013a); da Crítica Literária Feminista, com Lúcia Zolin 
 (2019a; 2019b) e Rita Laura Segato (2003), à medida que contextualiza os elementos 
 estruturantes da violência; e dos feminismos decoloniais, com María Lugones (2008; 2010) e 
 Françoise Vergès (2020; 2021). Além de basearmo-nos sobretudo em pensadoras latino americanas e destacarmos vozes de mulheres indígenas, este trabalho pretende dar visibilidade 
 a escritoras mulheres que se opõem à lógica categorial e essencialista do sistema 
 moderno/colonial e de gênero e que, com sua produção literária, potencializam a resistência 
 feminista e a luta pelos direitos humanos e pelos direitos das mulheres. A hipótese estabelecida
 e confirmada é que Mulheres empilhadas desafia as concepções colonialistas, misóginas e 
 patriarcais que reduzem a mulher a uma posição submissa e que invisibilizam as comunidades 
 indígenas no Brasil, contemplando portanto o propósito da descolonização e da decolonialidade 
 da literatura latino-americana.",
 	publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras},
 	note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes}
}