@PHDTHESIS{ 2022:1576241849, title = {Antropofagia Oswaldiana e Pós-Crítica Literária: Retorno e Diferença}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6601", abstract = "Esta pesquisa tem como proposta aprofundar estudos sobre a concepção de Antropofagia, formulada por Oswald de Andrade e, posteriormente, reelaborada ao modo autofágico, pelo autor, enquanto possibilidade epistêmica de um pensamento fundado na alteridade e na decolonialidade. Entendendo que a escrita oswaldiana apresenta bases para uma crítica literária em dissenso com a crítica canônica, propomos refletir sobre a Antropofagia cultural, como o cerne de uma pós-crítica literária, no que ela apresenta como alteridade em relação à crítica elaborada a partir do cânone europeu. O estudo parte da leitura analítica da produção literária, artística, jornalística e ensaística de Oswald de Andrade para chegar ao estudo de proposições artísticas, literárias e formulações conceituais que dialogam com a estética antropofágica. O corpus da pesquisa delineia-se a partir dos textos basilares de formulação do pensamento antropofágico no contexto do Modernismo brasileiro, sendo eles: Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924); Manifesto Antropófago (1928); Revista de Antropofagia (1928-1929); e outros textos produzidos por Oswald de Andrade coletados no CEDAE/UNICAMP. O estudo dessa produção efetiva-se no cotejamento com a produção literária e artística do autor, a saber: Serafim Ponte Grande (1933); A trilogia da devoração do teatro oswaldiano - O rei da vela (1933-1937); O homem e o cavalo (1934) e A morta (1937). A análise da estetização dos princípios antropofágicos presentes na produção literária e artística oswaldiana ampara-se nos estudos de M. Bakhtin, mais especificamente, nos conceitos de sátira menipeia, paródia e carnavalização e nas formulações sobre decolonização com base em Anibal Quijano, Walter Mignolo, Ana Pizarro, Zulma Palermo e outros pensadores do movimento Modernidade/Pós-modernidade na América Latina. Essas leituras permitem verificar como a crítica contemporânea latino-americana apropria-se ou assimila os princípios da Antropofagia e os desenvolve por meio de novas elaborações conceituais, baseadas no deslocamento canônico, a exemplo de formulações conceituais desenvolvidas por Antonio Candido, Haroldo de Campos, Silviano Santiago, Leyla Perrone-Moisés, Zilá Bernd. Observamos que boa parte da ensaística literária brasileira contemporânea encontra afinidades teórico-críticas com a ensaística literária latino-americana, sobretudo, com o conceito de “literaturas pós-autônomas”, desenvolvido por Josefina Ludmer, para pensar produções artísticas e literárias fora dos cânones ocidentais, sendo possível verificar, na proposta de Ludmer, um estreito diálogo com as premissas da Antropofagia cultural.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }