@MASTERSTHESIS{ 2022:2072403258, title = {Acesso ao pré-natal odontológico em município trinacional}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6591", abstract = "Na gravidez ocorrem transformações que favorecem o surgimento de alterações com repercussões na saúde bucal. Entre essas transformações, estão a tendência a vômitos e náuseas, maior vascularização do periodonto e hipersecreção das glândulas salivares. Além da modificação periodontal e na saliva, há também alterações na microbiota bucal e no metabolismo celular, possibilitando o aparecimento do tumor gravídico. Tais alterações bucais podem desencadear complicações como baixo peso ao nascer, parto prematuro e até mesmo mortalidade infantil. Assim, o objetivo do estudo foi compreender o acesso ao pré-natal odontológico das mulheres gestantes brasiguaias e brasileiras residentes no município de Foz do Iguaçu. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, que utilizou abordagens quantitativas e qualitativas, com coleta de dados realizada no primeiro semestre de 2022. A pesquisa quantitativa teve como fonte primária prontuários odontológicos e informações adquiridas por meio do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica do Ministério da Saúde, referente ao indicador de proporção de gestante com atendimento odontológico realizado entre os anos de 2011 a 2021, em todas as unidades de saúde com serviços de odontologia e o Centro Materno Infantil, e foram analisados com estatística descritiva. Em relação à pesquisa qualitativa, foram entrevistadas gestantes em atendimento de pré-natal vinculadas às unidades selecionadas, bem como dentistas, médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de saúde selecionadas e distribuídas nos cinco Distritos Sanitários do município de Foz do Iguaçu–PR. Os dados foram baseados nos pressupostos da análise de conteúdo proposta por Bardin. A pesquisa identificou que 68,56% (n=301) das gestantes atendidas no Centro Materno Infantil são paraguaias e/ou brasiguaias, sendo a maioria 56,95% (n=250) na faixa etária de 20 aos 30 anos. A assistência ao pré-natal odontológico nesse local iniciou-se com a implantação do consultório odontológico no ano de 2021, atendendo 97,14% (n=102) das gestantes nesse ano. Nas Unidades Básicas de Saúde, a faixa etária encontrada apresenta a mesma proporção que a do Centro Materno Infantil, sendo 53,13% (n=27.867) com 20 a 30 anos. Em relação ao pré-natal odontológico, ficou evidente a ausência dessa assistência. O menor indicador encontrado foi de 6% (n=142) no 1.º quadrimestre de 2017, e os demais anos também apresentaram indicadores semelhantes. No entanto, houve um aumento significativo no ano de 2021, com 50% (n=483) das gestantes recebendo atendimento odontológico pré-natal. Esse aumento pode estar relacionado à implantação do Programa Previne Brasil. Já os resultados qualitativos identificaram seis categorias: acesso facilitado ao pré-natal habitual e ao odontológico; ausência de conhecimento sobre a importância do pré-natal odontológico, desarticulado aos serviços de saúde na percepção dos profissionais; ausência de coletividade profissional na assistência à gestante; percepções da equipe multiprofissional sobre a importância do pré-natal odontológico e as alterações na cavidade bucal durante o período gestacional; pandemia COVID-19; e a des(atenção) na assistência à gestante. O estudo evidenciou a baixa adesão ao pré-natal odontológico comparado ao pré-natal habitual e que ainda existem barreiras no acesso e na utilização do serviço, relacionadas à falta de conhecimento da gestante e de parte dos profissionais de saúde.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }