@PHDTHESIS{ 2023:706030731, title = {Resiliência à pobreza multidimensional dos municípios do Centro-Oeste brasileiro}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6560", abstract = "Uma das principais críticas às abordagens de resiliência deriva da ausência de um referencial teórico fundamentado em meio a uma infinitude de conceitos e de significados do termo. Essa lacuna gera dificuldades de mensuração, de gestão e de formulação de políticas públicas. Com vistas a subsidiar o avanço científico nessa lacuna, esta pesquisa propôs um quadro teórico-metodológico para analisar e explicar os determinantes da resiliência à pobreza multidimensional dos municípios do Centro-Oeste do Brasil entre 2013 e 2019. Foi desenvolvido o modelo teórico de Resiliência Regional à Pobreza Multidimensional (RRPM), cujos determinantes foram: desigualdades estruturais, estrutura produtiva, localização, intervenções políticas, choques adversos e condição inicial de vulnerabilidade à pobreza, em suas dimensões. Metodologicamente, foi estimado o Índice de Vulnerabilidade à Pobreza Multidimensional (IVPM) para 2013-2019, utilizando 14 indicadores de ativos tangíveis e intangíveis, capacitações básicas e demográficas, cuja variação absoluta embasou a construção de uma variável binária proxy de resiliência à pobreza multidimensional. Empregou-se a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) na avaliação da formação de clusters da Resiliência à Pobreza (RPob). Na sequência, estimaram-se as chances de resiliência à pobreza multidimensional (RPM), dado um conjunto de 19 variáveis explicativas proxies para os determinantes da resiliência regional à pobreza multidimensional. Os principais resultados apontaram a formação de clusters de RPob, distribuídos de forma heterogênea espacialmente e entre as unidades federativas. As estimativas atestaram que: i) as chances de RPM do município influenciaram positivamente as dos vizinhos, e por eles foram influenciadas; ii) a especialização produtiva, o Programa Bolsa Família, os Agentes Comunitários de Saúde e choques adversos no Fundo de Participação dos Municípios aumentaram as chances de RPM dos municípios, resultado extensivo aos vizinhos no caso dos empregos de média intensidade tecnológica. Por outro lado, fazer divisa com as regiões Norte-Nordeste do Brasil e choques adversos na proporção de Microempreendedores Individuais (MEIs) reduziram as chances de RPM, com transbordamentos espaciais no perfil de predominantemente rural; iii) a média do IVPM de 2013 para os 19 vizinhos reduziu as chances de RPM do município, porém, não aplicável aos efeitos globais do IVPM inicial. As principais contribuições estão alicerçadas na proposição do quadro teórico-metodológico de RRPM e no conjunto de resultados teóricos e empíricos que aceitaram as hipóteses da pesquisa, segundo os quais a resiliência e a vulnerabilidade à pobreza multidimensional são elementos distintos e não necessariamente opostos no contexto do Centro-Oeste do Brasil.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }