@PHDTHESIS{ 2022:1401674748, title = {Manuela Sáenz: da história às ressignificações ficcionais – um percurso da colonialidade à descolonização e à decolonialidade}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6530", abstract = "Com base nos estudos de narrativas híbridas de história e ficção inseridos no contexto do Grupo de Pesquisa “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, analisamos as ressignificações da figura empírica de Manuela Sáenz (1795 – 1856) a partir de veredas sócio-históricas e literárias, sendo esta uma pesquisa bibliográfica e documental, de cunho comparatista e qualitativo. Dessa forma, buscamos evidenciar que a arte literária é o espaço em que, potencialmente, as personagens minimizadas pelo discurso histórico positivista são ressignificadas. Nesse processo estabelecemos, além do cotejo de três biografias, uma trajetória sincrônica dos romances escritos na América que retratam Manuela Sáenz como protagonista, bem como a análise de dois romances históricos. O corpus que fundamenta nosso estudo insere-se em um contexto interamericano, mais precisamente nos Estados Unidos, Equador e Argentina. Assim, as produções biográficas eleitas são: Manuela Sáenz La Libertadora del Libertador ([1944] 1978), de Alfonso Rumazo González; The Four Seasons of Manuela: The Love Story of Manuela Sáenz and Simón Bolívar ([1952] 1966), de Victor Wolfang Von Hagen e For Glory and Bolívar: the remarkable life of Manuela Sáenz (2008), de Pamela S. Murray. Com relação às narrativas híbridas de história e ficção, os romances selecionados são: Manuela (1991 [2000]), de Luís Zúñiga e La Gloria eres tú ([2004] 2019), de Silvia Miguens. A seleção desse conjunto considerou critérios como a presença ou a ausência do elemento crítico e questionador dos registros oficiais por meio de narrativas que expõem pontos de vista verossímeis, capazes de ressignificar ou corroborar modelos eurocêntricos de apreensão do passado. Associamos, ainda, às ideologias presentes nas diferentes modalidades de romance histórico, os conceitos de colonialidade, descolonização e decolonialidade a partir dos pressupostos teóricos de Mignolo (2012, 2016, 2017). Além disso, pontuamos o interesse pelo protagonismo de Manuela Sáenz e pela inserção dessas narrativas no espaço equatoriano e argentino. A sustentação teórica dessa abordagem, tanto a personalidade histórica como as diferentes modalidades de romance histórico, encontra respaldo nos estudos de Aínsa (1991), Menton (1993), Márquez Rodríguez (1996), Chambers (2001), Fernández Prieto (2003), Hennes (2005), Murray (2006; 2008) Fleck (2011; 2017), entre outros. Nossa pesquisa evidencia que a representação de Sáenz para a América compreende um emaranhado de discursos que destoam entre si, conferindo-lhe figurações entre a amante e louca ou política e diplomática. Portanto, as figurações escriturais de Manuela Sáenz, seja nas biografias ou nos romances, revelam um percurso entre a colonialidade e a descolonização com vias que vislumbram à decolonialidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }