@MASTERSTHESIS{ 2022:1928555469, title = {A política de assistência social em Foz do Iguaçu e os imigrantes: um diálogo necessário}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6512", abstract = "A busca por serviços, benefícios, programas e projetos sociais de atenção familiar é a principal demanda dos usuários atendidos pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), em geral constituído por uma população vulnerável social e economicamente. No caso de imigrantes, o risco de vulnerabilidade pode ser agravado, sendo os serviços sociais a única alternativa uma vez que se encontram em país desconhecido, sem uma rede de apoio familiar que possa contribuir no enfrentamento dos problemas que estão vivenciando. A presente pesquisa, de caráter exploratória, transversal, teve como objetivo geral analisar aspectos da política de assistência social de Foz do Iguaçu/PR e o acesso a benefícios sociais por imigrantes residentes no município. Estruturalmente, o estudo foi concebido em dois momentos; um primeiro de abordagem quantitativa, considerando dados secundários e informações fornecidas pela Secretaria de Assistência Social e CRAS do município de Foz do Iguaçu/PR. O segundo momento de abordagem qualitativa, consistiu em uma pesquisa de campo com realização de entrevistas com dez imigrantes residentes e usuários dos CRAS. Os dados quantitativos foram sistematizados em planilha de Microsoft Excel, realizado análise estatística descritiva simples. Os dados qualitativos foram sistematizados e analisados de acordo com a Análise Temática Dialógica, emergendo quatro categorias analíticas: 1) razões e motivações para a imigração; 2) serviços de assistência social para imigrantes em Foz do Iguaçu; 3) acesso a benefícios sociais por imigrantes e; 4) vulnerabilidades do imigrante. A perspectiva crítica, orientada pelo Materialismo Histórico Dialético se constituiu em referencial de análise, tendo a categoria desigualdade social papel central. Os resultados revelaram a ausência de registros nos serviços sócio-assistenciais do município que permitam identificar a demanda do público imigrante e os atendimentos realizados nos CRAS para essa população específica. Por meio do Cadastro Único, identificaram-se pessoas de 58 etnias, totalizando 4.442 estrangeiros. O maior número de registros (n=2.609) e de pessoas beneficiadas com Bolsa Família (n=1.450) foi constituido por pessoas oriundas do Paraguai e da Venezuela com 622 registros e 278 beneficiários do Bolsa Familia. Argentinos tiveram 261 registros e 158 beneficiários, colombianos 216 registros e 186 beneficiários e haitianos com 122 registros e 100 beneficiários. Na pesquisa de campo, constatou-se que o processo migratório foi desencadeado por problemas econômicos, sociais e políticos no caso dos venezuelanos, de trabalho no caso dos paraguaios, para estudos pelos haitianos e por escolha familiar no caso dos argentinos. A inserção no mercado de trabalho foi incompatível com a formação acadêmica e profissional adquirida no país de origem, recebendo salários menores do que os brasileiros e com vínculos de trabalho precários. A pesquisa permitiu conhecer aspectos relevantes da realidade dos imigrantes, indicando a necessidade de pesquisas futuras que considerem o período pré-pandêmico, pandêmico e pós-pandêmico para identificar oscilações na demanda de serviços socioassitencias, bem como o aperfeiçoamento dos sistemas de registro dos serviços socioassistenciais que permitam identificar a demanda e a assistência realizada para o público estrangeiro, especialmente por se tratar de região de fronteira.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }