@MASTERSTHESIS{ 2022:1049685302, title = {Alterações neuroimunológicas induzidas pela exposição ocupacional a agrotóxicos em mulheres da região do sudoeste do Paraná}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6498", abstract = "O Brasil é um dos grandes produtores agrícolas mundiais, em consequência disso, o uso de agrotóxicos no país também é destaque. Esses agroquímicos têm como função inibir pragas que prejudicam a plantação, intensificando assim a produção. Em contrapartida, o contato com agrotóxicos pode trazer danos agudos e crônicos à saúde humana. Desde residir próximo a plantações, a prática de pulverização e até lavagem de roupas após essa atividade, tem exposto de forma ocupacional moradores e trabalhadores rurais, que também por conta disso a cada ano mostram-se mais doentes, tornando esse contato ocupacional um grande problema para o serviço de saúde pública. Um dos possíveis danos à saúde humana decorrentes dessa exposição, está na desregulação do Eixo-Hipotálamo-Hipófise-Suprarrenal, que por si está diretamente associado ao surgimento de transtornos mentais, tais como ansiedade e depressão. Por esse motivo, este trabalho teve como objetivo, verificar qual a relação entre a exposição ocupacional a agrotóxicos e possíveis sinais e sintomas de transtornos depressivos, bem como seus biomarcadores neurológicos, além do perfil imunológico e endócrino de mulheres residentes na região do sudoeste paranaense, comparando grupo exposto de forma ocupacional a agrotóxicos e o grupo não exposto. Este estudo foi realizado com mulheres atendidas no Hospital do Câncer em Francisco Beltrão. As mulheres selecionadas foram aquelas que não apresentavam um diagnóstico de quaisquer tipos de neoplasias malignas, este critério de inclusão, buscou diminuir possíveis fatores de confusão do trabalho. As participantes foram divididas em grupos: expostas a agrotóxicos (n:51) e não expostas (n:49). Buscou-se então contato com as participantes selecionadas, via ligação ou whatsapp, bem como envio do link do google questions com o questionário a ser respondido. Os questionários buscavam trazer respostas que pudessem analisar o perfil dessa exposição, bem como sinais e sintomas de ansiedade e depressão (por meio da escala de HADS - Hospital Anxiety Depression Scale), ou também identificar aquelas mulheres já diagnosticadas por um profissional com algum desses transtornos mentais. A partir dessa etapa, foi analisado e mensurado no plasma das participantes, alguns biomarcadores que poderiam auxiliar nas respostas da pergunta inicial e traçar o perfil neuroimunológico desses indivíduos; biomarcadores como: Interleucina 6 (iL-6), Interleucina 1β (il-1β), Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo (BDNF) e o biomonitoramento da atividade colinesterásica. O resultado para os escores do questionário sugere que a exposição a agrotóxicos está correlacionada com o desenvolvimento de ansiedade e depressão na população agrícola. A análise dos marcadores biológicos mostrou diferenças estatísticas para a atividade da butirilcolinesterase (BuChE) e entre os grupos de mulheres expostas e não expostas a agrotóxicos. Conclui-se então por meio dos resultados obtidos por meio de questionários e medidas bioquímicas, observa-se que mulheres caracterizadas como expostas a esses produtos nocivos à saúde, apresentam risco aumentado para o desenvolvimento de transtornos mentais, bem como ansiedade e depressão.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }