@MASTERSTHESIS{ 2022:1331372889, title = {O fenômeno das emoções no jovem Sartre}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6478", abstract = "A pesquisa ora em curso tem como foco central a teoria fenomenológica das emoções tal qual ela toma assento na obra juvenil de Sartre, o Esboço para uma Teoria das Emoções (1939). Nessa direção, a dissertação parte do objetivo geral que consiste, inicialmente, em determinar a estrutura intencional da emoção em sua figuração fenomênica. Para tanto, o trabalho objetiva reconstruir a crítica sartriana acerca das teorias clássicas das emoções mormente assentadas pelas escolas fisiológica e psicanalítica. Ademais num último momento, buscaremos confrontar a própria posição teórica sartriana, com a concepção organísmica de Goldstein. A pesquisa então se justifica, sobremaneira, pela relevância do tema ainda pouco tratado teoricamente sob o prisma dos estudos psicológicos via uma orientação mais estritamente fenomenológica. Podemos então, sumariamente, sintetizar a tese advogada por Sartre de que o fenômeno da emoção constitui uma essência transcendental e, nessa medida, a própria emoção se revela, antes de tudo, como uma forma de existir da consciência à medida em que essa deve transcender ela mesma. Ora, esse modo de existência singular só se compreende sob um pano de fundo radical: a experiência do mundo vivido. Trata-se de nosso entorno, do circuito mais amplo da existência integral. Por meio dessa vivência, o indivíduo acerca-se do mundo em sua totalidade, compreendendo que ele mesmo é um agente transformador, para, assim, poder, de fato, agir. É partindo dessa compreensão de base que a dissertação culmina ensaiando um fecundo debate com outros referenciais significativos que, de uma maneira ou outra, convergem ou divergem da posição sartriana, entre eles, em particular, os escritos clínicos do neuropsiquiatra alemão Kurt Goldstein, como, em especial, Sobre as Emoções: Considerações desde um Ponto de Vista Organicista artigo esse que tem como pano de fundo A Estrutura do Organismo (1934). Goldstein compreende as relações entre o organismo e o meio como que estruturadas dialeticamente. Assim, muito embora ele teça algumas reservas para com a concepção sartriana, entendemos que essa leitura biológico-clínica não destoa fundamentalmente de boa parte das teses fenomenológicas sartrianas que visam justamente situar a condição fáctica e finita do homem como ser-no-mundo. Isso, aliás, também evidência sobre o quanto a emoção é realmente uma maneira de apreender o mundo, isto é, um fenômeno capital de todo ser em situação.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }