@MASTERSTHESIS{ 2022:1002635121, title = {Fechar, retroceder ou recriar: a proposta multianos do estado do Paraná: experiências em escolas públicas do campo no sudoeste do Paraná – 2019 – 2021}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6475", abstract = "Este trabalho de Dissertação de Mestrado situa-se no Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado, Campus Francisco Beltrão/PR, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), área de concentração em Educação, Linha de Pesquisa: Cultura, Processos Educativos e Formação de Professores. No ano de 2019, a Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED) publicou uma Minuta de Resolução, estabelecendo que as Escolas Públicas no/do Campo com menos de 35 estudantes nos anos finais do Ensino Fundamental (EF), se organizariam pela forma multianos. Para esta mudança não houve aprovação pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) e, nem diálogo com as escolas e comunidades. Este trabalho de dissertação investiga como ocorreu a implementação desta Proposta Multianos nos anos finais do EF de escolas públicas no/do campo no Estado do Paraná, nos anos 2019 a 2021, e como se operacionalizou nas escolas públicas no/do campo - anos finais do EF – no Sudoeste do Paraná. Em razão dessa nova realidade que se impôs, surge a necessidade de estudar o processo vivenciado nestas escolas, na busca por compreender esta política pública e sua operacionalização. Coloca-se como objetivo geral analisar como ocorreu a implementação da Proposta Multianos no Paraná (2019-2021) e como se operacionalizou nas escolas públicas no/do campo - nos anos finais do EF - do NRE de Dois Vizinhos/PR. A metodologia adotada foi qualitativa, com estudo documental e entrevistas semiestruturadas, e realizou-se na esfera estadual junto a documentos oficiais, gestores da SEED, representantes do CEE e da Articulação Paranaense de Educação do Campo (APEC) e, na esfera regional, junto ao NRE de Dois Vizinhos/PR, com professores e equipes gestoras. Toma-se por base autores como Arroyo, (2011); Bonamigo, (2020); Calazans, (1993); Caldart, (2002); (2008); (2012); Carvalho, (2008); (2014); Catellan, (2014), Delgado, (2014); Fernandes, (2008); Ghedini, (2014); (2016); (2017); Guhur, (2012); Mazur, (2016); Molina, (2012); Munarim, (2008); Neves, (2012); Nurmberg, (2017); Pontes, (2012); Ramal, (2011); Ritter, (2020); Rodrigues, (2017); Stedile, (2012); também, documentos como Brasil, (2002), (2006); (2010 a), (2010b); Paraná, (2010); (2011); (2018) (2019), ( 2020) . Neles, trata-se de categorias principais como Educação do Campo, Políticas Públicas de Educação, Escolas Públicas no/do Campo, Modalidade da Educação Básica do Campo, fechamento e nucleação de escolas no/do campo e Escolas Multianos. O estado do Paraná tem uma história significativa no Movimento Nacional da Educação do Campo4 e na implementação da política pública de Educação do Campo, por ser pioneiro no que tange à seus dispositivos legais, porém, com os governos neoliberais que se sucederam5, se tem uma “guinada” ao retrocesso. No ano de 2019, a SEED publicou uma Minuta de Resolução (PARANÁ, 2019), estabelecendo que escolas no/do campo com menos de 35 estudantes nos anos finais do EF, se organizariam pela forma multianos. Esta proposta veio para as escolas sem respeitar sua autonomia de organização, sem diálogo e, de forma engessada no sistema. Isso permite compreender que, para a SEED, foi uma proposta emergencial para manter abertas as escolas com “baixo número de alunos”, adequando-as à uma forma de gestão que tem como primazia a geração de índices, contudo, para as escolas,os professores, as comunidades e os pesquisadores, esta mudança constituiu-se como mais um desafio diante da negação do direito a uma educação com qualidade aos sujeitos do campo. Diante deste desafio e, levando em conta que a proposta vinda da SEED manteve a linearidade dos conteúdos de modo que se dava na forma multisseriada, sendo executada nos anos finais do EF, as escolas passaram a buscar saídas e, no âmbito do Gefhemp/Refocar/Unioeste, escolas e universidade produziram uma referência que aponta novas possiblidades para a forma curricular das escolas Multianos nos anos finais do EF, por meio de uma matriz curricular circular. Esta situação vivenciada no período, acrescida pela realidade de um grande número de escolas mediante o quadro de esvaziamento do campo, exige pensar e propor políticas públicas que garantam o direito à educação a estes sujeitos, para evitar o retrocesso. Entretanto, tal perspectiva necessita de um caminho trilhado coletivamente, um processo que articule comunidades, escolas, professores, Movimentos Sociais Populares (MSP) e suas organizações, assim como pesquisadores das universidades, condição para se recriar a escola pública no/do campo.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }