@PHDTHESIS{ 2022:1290738283, title = {Entremeios do poder: da autonomeação ao nome de urna do pleito municipal de Cascavel e Ponta Grossa (Paraná – BR, 2020)}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6474", abstract = "Esta investigação transdisciplinar fundamentada na Teoria da Complexidade preenche lacunas epistemológicas sobre a constituição sociolinguística do nome político nas cidades paranaenses de Cascavel (PR) e Ponta Grossa (PR), voltando-se à descrição sociocognitiva da formação linguística do nome de urna, especialmente do nome escolhido pelo(a) candidato(a) ao cargo de vereador(a). Há o propósito de minuciar os nomes de urnas – subcategoria do nome próprio de pessoas (antropônimos) – enquanto metonímia conceptual e implicatura interacional: signo singular, significativo e comunicativo de uma identidade social marcada linguisticamente pela expressão do ofício ou de pertencimento/afinidade a determinado grupo familiar/socialmente favorável. Para que se chegue a tal perspectiva conceitual, baseada em um aprofundamento sociológico da Teoria da Relevância em comunhão à teoria social do vínculo de Durkheim e da recursividade em Giddens e Morin, há um percurso bibliográfico que tece relações entre epistemologias das ciências humanas: Antroponomástica, Linguística, Sociologia, História, Antropologia etc. As intersecções teóricas propostas aliam-se à avaliação síncrona do fenômeno da autonomeação política a partir da análise quali-quanti dos nomes de urna comuns ao pleito sulista de 2020. Confrontando a análise síncrona à visitação bibliográfica quanto à autonomeação e renomeação nas sociedades mesopotâmica, egípcia, grega e romana, comprova-se a recursividade de signos advindos da autonomeação (efeito) enquanto expressão de uma mudança socio identitária (causa) associada, geralmente, ao ofício – fenômeno que confirma a relação entre a centralidade do trabalho para a vida adulta e para agrupamentos corporativos por vínculo/afinidade –. As conclusões das análises linguísticas dos nomes de urna permitem um recorte regional do valor descritivo e comunicativo de tal signo: sua composição de ordem secundária e oficial se dá, geralmente, por breves supressões de elementos do ortônimo (nome civil) ou por tais supressões acrescidas a um léxico de ordem metonímica que insere ao prenome ou sobrenome mantido(s) marcas lexicológicas de pertencimento, tal qual a presença de preposição e de substantivos comuns ou próprios associados explicitamente ou implicitamente ao ofício: “professor(a)”, “da Telepar”, “Dr. Henrique” etc.: a essa formação majoritária, deu-se o nome de “Manutenção do nome civil”. A mudança total do ortônimo é incomum, o que configura predileção pela manutenção do nome civil. Os candidatos que propõem a repetição total do ortônimo podem apresentar vida política pregressa, fazendo do sobrenome signo rico em significação. A descrição em viés regional aliada à literatura prévia e à imersão histórica da autonomeação beneficia os estudos interdisciplinares acerca da nomeação e socializa um recorte crítico-descritivo das relações entre autonomeação/renomeação e espaço político brasileiro. Embora limitada a dois municípios paranaenses, espera-se que a proposta descritiva da comunicação dos nomes de urna seja importante para que a sociedade conheça estratégias argumentativas implícitas no signo antroponímico, servindo de conscientização aos eleitores e de fortalecimento do sistema democrático brasileiro.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }