@MASTERSTHESIS{ 2022:917540694, title = {O Colombo que nasceu na América: figurações do self made man na literatura estadunidense – o romantismo de J. F. Cooper em Mercedes of Castile: or, the voyage to Cathay (1840)}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6466", abstract = "Ao considerarmos a hipótese de que o interesse do ser humano pelo passado é constante, o estudo dos gêneros híbridos que mesclam a ficção e a história podem, nesse sentido, contribuir para a formação de novas perspectivas sobre eventos e personagens em relação àquelas já institucionalizadas pela escrita da história romântica nacionalista. Nesse cenário, os romances históricos que versam acerca do “descobrimento” da América têm um papel significativo na nossa formação, pois é nesse episódio que encontramos a anunciação da fundação de nossa identidade presente (TODOROV, 1983). Nesta dissertação, inserida no escopo de interesse do Grupo de Pesquisa “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, analisamos o romance Mercedes of Castile: or, the voyage to Cathay (1840), de James Fenimore Cooper (1789-1851). Esse é um relato romanesco no qual se renarrativiza um dos acontecimentos sócio-políticos mais importantes da Europa e da América do século XV. Nosso propósito é demostrarmos que Mercedes of Castile: or, the voyage to Cathay (1840), de Cooper, trata-se de um exemplar da modalidade do romance histórico clássico scottiano, segundo a classificação de Fleck (2017) e como essa forma repercutiu na construção discursiva de Cristóvão Colombo. Para isso, comparamos a estrutura narrativa e as estratégias escriturais empregadas pelo seu autor às características do cânone scottiano, presentes em Waverley ([1814], 1985) e Ivanhoe ([1819], 1994), de Walter Scott, iniciador do gênero romance histórico, segundo a perspectiva de Lukács (2011). Apoiamo-nos, nesse sentido, nos estudos da literatura comparada e naqueles referentes ao romance histórico e sua trajetória, como os de Lukács (2011), Aínsa (1988; 1991), Menton (1993), Hutcheon (1991), Mata Induráin (1995), Fernández Prieto (2003), Fleck (2007; 2010; 2014; 2017), entre outros. Pela análise desse corpus, revelamos as primeiras imagens ficcionais romanescas sobre o “descobrimento” da América e, também, a ficcionalização inaugural da personagem Cristóvão Colombo na prosa, produzidas no espaço estadunidense do século XIX. Procuramos relacionar essas imagens romanescas primeiras de Colombo com o ideal do self-made man construído na cultura estadunidense. Nossa abordagem busca, da mesma forma, elucidar aspectos históricos e sociais que levaram os Estados Unidos da América a serem o berço da temática do “descobrimento” no romance, fazendo nascer o Colombo romanesco. Desse modo, com as análises propostas, conseguimos revelar o quanto a escrita de Cooper se atrela aos paradigmas clássicos do romance histórico, consolidados pelo escocês Walter Scott, e como se projetam nas imagens ficcionais de Colombo os ideais da sociedade romântica estadunidense que forjaram uma identidade nacional por meio, também, da arte literária.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }