@MASTERSTHESIS{ 2022:1959976908, title = {Preconceito linguístico, estigmas e silenciamento: um estudo de caso de um aluno brasiguaio}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6428", abstract = "Na região da Tríplice Fronteira - Brasil, Paraguai e Argentina -, ocorre, não raro, a matrícula e a iniciação escolar de brasiguaios em escolas da cidade de Foz do Iguaçu (PR). Essas crianças, filhas de pais brasileiros, cursaram parte da vida escolar no Paraguai. Devido à visão de homogeneização linguística do português, adotada pela escola brasileira, passam a ser estigmatizadas socialmente. Diante dessa realidade, esta pesquisa, vinculada à Sociolinguística Educacional, procurou responder à seguinte questão: Quais as implicações na vida escolar do aluno brasiguaio que ingressa em uma escola, em um país diferente daquele no qual foi alfabetizado, e é exposto a situações nas quais se exige o domínio de uma língua diferente da que está acostumado? O objetivo central foi compreender como a vida estudantil de um aluno brasiguaio é afetada pelo preconceito linguístico e quais as consequências dessa prática. Além disso, buscamos verificar se há, por parte de uma escola municipal de Foz do Iguaçu, algum procedimento de acolhimento linguístico para alunos brasiguaios/estrangeiros. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, empregando-se o estudo de caso de tipologia única. Recorremos à entrevista semiestruturada como instrumento de geração de dados, realizada com os sujeitos participantes do estudo – um aluno brasiguaio, a sua mãe, a sua professora e a coordenadora da Escola Municipal João da Costa Viana. Os dados gerados foram discutidos e interpretados à luz dos preceitos da Sociolinguística Educacional, sob o viés da Pedagogia Culturalmente Sensível, valendo-se também da ótica da Translinguagem. Os resultados revelam que o aluno é silenciado pelo preconceito linguístico no contexto escolar, não somente por alunos, mas também por professores, seja devido ao seu modo de falar e escrever ou ao estereótipo de que tem um baixo rendimento escolar. Ainda, por conta dessas experiências e de discursos e ideologias construídas em torno do ser brasiguaio, ele tem uma autopercepção de inferioridade. Com relação ao acolhimento a brasiguaios/estrangeiro, por parte da escola, não há nenhum procedimento instituído no município de Foz do Iguaçu. A professora e a coordenadora que participaram deste estudo revelaram a carência de formações e orientações específicas sobre as particularidades do contexto escolar fronteiriço e sobre abordagens de ensino diferenciadas e inclusivas que poderiam ser utilizadas. Em conclusão, é preciso que, em espaços transfronteiriços, desenvolva-se uma Pedagogia Culturalmente Sensível, de modo a acolher a todos os alunos, mas especialmente os que foram silenciados e marginalizados, como é o caso dos brasiguaios.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ensino}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }