@MASTERSTHESIS{ 2022:632047311, title = {A educação das pessoas privadas de liberdade: o hiato entre a letra da lei e a realidade prisional}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6364", abstract = "Em que pese haver considerável arcabouço de normas regulamentando a educação no sistema prisional brasileiro, com a finalidade formal de reintegrar à sociedade os encarcerados, contraditoriamente, o sistema carcerário, especialmente a partir dos anos 1990, vem crescendo de forma alarmante e a reincidência alcança números relevantes, segundo as pesquisas mais recentes. Por outro lado, segundo dados de dezembro de 2019 (BRASIL, 2019a), apenas 16,53% dos encarcerados estavam em alguma atividade educativa. Diante deste cenário, o objetivo geral desta dissertação é verificar se as normas federais e paranaenses sobre educação no sistema prisional se efetivam ou cumprem apenas o papel de manutenção da sociedade capitalista, tendo como recorte temporal para esta análise os anos de 1984 a 2019. Para alcançar tal finalidade, realizou-se pesquisa bibliográfica de fontes primárias e secundárias, utilizando-se do método dialético, com auxílio da análise de conteúdo. Quanto às fontes primárias, pesquisaram-se normas e dados oficiais sobre a educação prisional para que se pudesse conferir o hiato entre o direito formal e o substancial. Em relação às fontes secundárias, estas ancoraram a análise desse hiato, possibilitando a compreensão das reais intenções do corpo normativo. Para alcançar o objetivo central, realizou-se estudo do desenvolvimento da pena de prisão e sua relação com as necessidades socioeconômicas de cada período. Também se pesquisou o conceito de ressocialização e o de emancipação, objetivando-se compreender suas diferenças a fim de lançar luzes para a possibilidade de uma educação emancipadora. Em seguida, empreendeu-se estudo sobre o direito à educação dos encarcerados e suas especificidades. Com a utilização do método da análise de conteúdo, pesquisaram-se normas relativas à educação prisional. Por fim, relacionou-se o estudo do corpo normativo referente à educação prisional com os dados oficiais de 2019 em nível federal e do Paraná, sobre a educação no sistema penitenciário, articulando-os com fontes secundárias. Como resultado, conclui-se que as normas sobre educação no sistema prisional não se efetivam por completo e em consequência acabam por ser eficaz ferramenta para legitimar o modelo punitivo segregacionista do sistema penal e a colaborar para a manutenção da sociedade de classes.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }