@PHDTHESIS{ 2022:1561866279, title = {Mulheres negras guerreiras que deslizam e relampejam nos interstícios culturais e imagéticos}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6341", abstract = "Nesta pesquisa, o tempo histórico, as singularidades e distâncias sociogeográficas quase intransponíveis da história da África, o póscolonialismo, as questões políticas e sociais como fatores de interferência nos processos de mudança, na literatura, na cultura, na política, na arte e seus efeitos midiáticos foram relevantes para o processo de constituição deste corpus. As linguagens cinematográficas possibilitam, a depender do „olhar‟, ir além das discussões tradicionais, acadêmicas ou não. Assim, esta pesquisa visa estudar o filme Pantera Negra (2018) e o Documentário Mulheres Guerreiras com Lupita Nyong'o (2019), cujo pressuposto inicial é a intermidialidade. Foram estudadas falas de personagens com base em narrativas e cenas das duas mídias, de modo a descrever, apontar, analisar e, identificar como as identidades das personagens do filme são atualizadas a partir das guerreiras factuais apresentadas no documentário. Destarte, para responder à questão-problema, novas leituras e experiências relativas aos fenômenos sociais foram conduzidas para observar como as personagens „relampejam‟, ao modo de Benjamin e quais relâmpagos ocorrem entre elas para identificar os deslizamentos entre uma e outra. Observou-se a partir da metodologia que a análise fílmica não se separa da experiência estética enquanto crítica. Portanto, foi preciso „outro olhar‟ para a experiência estética para perceber as faíscas resultantes do movimento entre fotogramas, diálogos e imagens das duas mídias, os quais perpassam velozes com base nas faíscas teóricas. E, assim como se inventa ou descobre um ponto novo no bordado, na tecelagem, uma metodologia de análise foi criada em dois momentos. No primeiro, foi preciso „olhar‟ o desfiar fílmico das duas obras, ou seja, decompor as cenas e observar memórias, ancestralidade, roteiro, trama e atualizar as personagens, cenas ao observar a diegese e as relações intermidiáticas. Tais propostas se apoiaram também em cada tessitura de Ryan Coogler e Anna Cox, diretores das mídias. No segundo, bell hooks (1989) intermediou uma perspectiva desta espectadora negra, pesquisadora e suas ambiguidades. O olhar opositor proposto por hooks é o que chamamos, em termos de método, de „outro olhar‟. „Olhar‟ para resistir particularmente às cenas e talvez criar conceitos; olhar para identificar o que o filme e o documentário são capazes de criar, tecer e faiscar teoricamente. Contudo, as faíscas teóricas só se deixam fixar no próprio relampejar e quando reconhecidas. Tal percepção é a que muda no olhar, seja na cena, seja em relação ao todo, seja na relação entre as cenas das duas obras para atualizar aquelas imagens. Nessa complexa análise, os fios teóricos de bell hooks, Vera Follain de Figueiredo, Pauline Chiziane, Sojourner Truth, Toni Morrison, Achille Mbembe, Walter Benjamin e Stuart Hall foram referências, tanto nos aspectos específicos como nas atualizações das obras cinematográficas. Por fim, no continuum, foi relevante fazer parte das histórias das mulheres guerreiras com „outro olhar‟, com lentes conceituais e metodológicas que criam condições para detectar o poder necropolítico e perceber, a partir de outro ponto de vista, o processo escravocrata e violento vivido pelas mulheres negras na história.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }