@MASTERSTHESIS{ 2022:1655692280, title = {Espírito materno e função materna: Buytendijk e o discurso psicanalítico acerca da gênese da subjetividade maternal}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6324", abstract = "A pesquisa visa abordar a temática acerca da gênese da subjetividade maternal via uma interlocução entre F. J. J. Buytendijk e a Psicanálise (em particular, em sua versão lacaniana). Sob esse prisma, a análise busca, especificamente, discutir dois conceitos corolários, a saber, a noção de “espírito materno” de Buytendijk e a noção psicanalítica de “função materna”. Para tanto, como objetivo geral, analisaremos de que modo essa aproximação ou convergência pode, em rigor, se legitimar. A pesquisa, então, se justifica ao menos em três âmbitos. O primeiro, de cunho pessoal, visa ampliar os conhecimentos clínicos em torno da subjetividade maternal. O segundo diz respeito ao fato de que a experiência da maternidade não é algo pré-determinado, restrita tão somente ao ato de dar à luz a um bebê mas uma construção da subjetividade humana como ser no mundo. Por fim, em terceiro, trata-se de conduzir tal estudo por meio de uma descrição onto-fenomenológica de uma experiência que se transfigura no mundo como um constructo subjetivo e intersubjetivo. A hipótese que aqui sustentaremos é a de que Buytendijk apresenta a noção de gênese psicológica do espírito materno como um conceito antropológico, pautando-se metodologicamente via uma abordagem hermenêutico-existencial em que se busca compreender a experiência materna para além do reducionismo biológico, puramente instintivo. Para o autor, a experiência da maternidade não somente ocorre por meio das características físico-biológicas da corporeidade, mas se infunde via o movimento de intencionalidade numa perspectiva dialética. Sob este prisma é que se busca a aproximação com a psicanálise (em especial, de cariz lacaniana), pois o desempenho da função materna depende de o sujeito na condição de mãe, ser desejante. É pelo desejo inconsciente de ter um filho que a mãe se torna capaz de desempenhar a sua função, sendo essa a responsável por inscrever o bebê numa cadeia simbólica, ou seja, na cultura. Para a psicanálise, a função materna constitui uma função necessária para a estruturação e desenvolvimento do psiquismo da criança.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }