@PHDTHESIS{ 2022:109625884, title = {O humano como criador e a criatura de si em Nietzsche e Freud}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6277", abstract = "O presente trabalho busca contrapor dois modelos terapêuticos, o do filósofo alemão Friederich Nietzsche e do psicanalista Sigmund Freud. O objetivo é discutir as perspectivas dos dois autores no que diz respeito ao enfrentamento do sofrimento humano. A abordagem dos textos selecionados visa apresentar as elaborações de Nietzsche sobre a função do médico da cultura, antes e depois da elaboração da doutrina sobre a vontade de potência. Na sequência, apresenta a noção de Freud sobre a função do médico das neuroses, no período anterior e posterior à elaboração sobre a pulsão de morte. Essa introdução permite localizar como os autores caracterizam e qualificam os estados de saúde e doença, assim como as reformulações ocorridas em suas respectivas doutrinas dos impulsos. Para dar continuidade, são discutidas as formas peculiares de cada autor ao conceber o humano como criador e, ao mesmo tempo, criatura de si. Em Nietzsche, o conceito basilar rumo à construção de si é a grande saúde, enquanto em Freud, é a incurável castração. Para finalizar, discute-se suas propostas terapêuticas, assim como as divergências incontornáveis entre as duas propostas. Os textos fundamentais utilizados em Nietzsche se referem à vontade de potência e os fragmentos póstumos sobre o médico da cultura; em Freud, as obras direcionam para a dualidade pulsional e para a técnica psicanalítica. Nossas investigações afirmam que, para Nietzsche e Freud, o sofrimento é inerente à condição humana, assim como a luta impulsional inconsciente, e que a constante fuga dessa condição é a fonte de adoecimento. Os autores, cada um a seu modo, apontam que se o sofrimento é circunstância inelutável de toda existência, confrontá-lo seria uma forma de manejo. Nesse aspecto, o sofrimento, que a princípio figura como insuportável, pode incitar o humano a criar a si mesmo, construindo um significado para a própria vida. Outra possibilidade é que o contato com a dor provoque o contrário, o humano que se torna criatura de si, um caminho em que se fixa uma atitude ressentida e neurótica. Trata-se de fornecer duas interpretações distintas para os questionamentos sobre o sentido da existência, que não preconizam respostas ou verdades absolutas, mas um processo de construção de si.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }