@PHDTHESIS{ 2022:1192195937, title = {Relações de Arbitrariedade e Iconicidade na composição dos sinais em Libras}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6273", abstract = "No Brasil, as pesquisas relacionadas à Língua Brasileira de Sinais (Libras) cada vez mais vêm se intensificando, notadamente a partir do seu reconhecimento como “meio de comunicação e expressão” (Lei Federal nº 10.436/02, Art. 1º). Os avanços obtidos no campo dos estudos linguísticos e das práticas educacionais envolvendo a Libras e as necessidades demandadas pelos alunos/estudantes surdos brasileiros têm sido notáveis. Apesar disso, ainda são muitas as questões a respeito da língua que precisam ser aprofundadas; uma delas diz respeito à natureza dos sinais que compõem o seu léxico. Motivados pelo fato de a Libras ser uma língua gestual, visual e espacial, não são raros os que defendem a ideia de que tais sinais sejam icônicos, uma vez que muitos remetem, de fato, aos referentes que nominam. Todavia, esse tipo de afirmação não se sustenta, e vários estudos já demonstram isso. O assunto da iconicidade, portanto, é objeto de estudo desta tese. A fim de aprofundá-lo, o objetivo desta tese foi não apenas resgatar os aspectos teóricos relacionados à iconicidade presente nas línguas, sejam elas orais ou de sinais, mas, sobretudo, compreender o continuum da iconicidade à arbitrariedade. Quatro perguntas centrais orientaram esta investigação: (i) Como se dão as relações de formação dos sinais em Libras?; (ii) Tomando por base os resultados obtidos em (i), é possível afirmar que os sinais da Libras são apenas icônicos ou arbitrários como geralmente muitos têm preconizado? (iii) Será que os sinais da Libras também podem assumir outros níveis?; e (iv) Assumindo o que preconiza a literatura especializada (KLIMA; BELUGGI, 1979; PERNISS; VIGLIOCCO, 2014; ORTEGA, 2017), que, para além da relação icônica e arbitrária, existem ainda dois outros níveis em que os itens lexicais de uma língua podem se distribuir, como esse arranjo se dá com a Libras? Para responder a essas perguntas, apoiou-se em pressupostos teóricos defendidos pela Linguística Descritiva (STOKOE, 1960; FERREIRA-BRITO, 1990, 2010; PERINI,2010) e pelos estudos do léxico (CABRÉ, 1998). Os dados para análise foram extraídos, inicialmente, a partir da obra Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos (GAMA, 1875), ao todo, 407 sinais e seus referentes que foram contrastados em outras três obras (OATES, 1969; SOCIEDADE TORRE DE VIGIA, 1992; CAPOVILLA et al., 2001). No entanto, para as análises, considerou-se apenas a obra com a versão mais atualizada: Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: a Libras em suas mãos (CAPOVILLA et al., 2017). Os resultados obtidos desse processo de investigação confirmaram nossas hipóteses iniciais de que existem outros dois possíveis níveis na Libras, o translúcido e o obscuro, que podem se enquadrar no continuum dos fenômenos linguísticos da iconicidade à arbitrariedade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }