@PHDTHESIS{ 2022:252296696, title = {Migração ambiental: expropriação territorial pela construção da Usina Hidrelétrica de energia Baixo Iguaçu - Paraná}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6250", abstract = "No Brasil, o perfil agrário está fortemente acompanhado por uma realidade industrial e urbana, marcado, contudo, por problemas, entre os quais a expropriação territorial, cujas soluções constituem um grande desafio político-administrativo e acadêmico-social. A questão torna-se latente quando a expropriação territorial é consequência de projetos desenvolvimentistas já construídos ou em construção que, por meio da interferência do ser humano, provocam mudanças ambientais, econômicas e sociais, e forçam os indivíduos a se deslocarem, como acontece na construção de usinas hidrelétricas de energia, provocando desta forma, a migração/deslocamento ambiental. Assim, o presente trabalho analisa o processo desterritorialização das famílias expropriadas nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, Estado do Paraná, e descreve os principais impactos socioeconômicos provocados pela construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu. Para a consecução do estudo utilizou-se o método dedutivo e a pesquisa de caráter exploratório, reflexivo e empírico. A pesquisa foi baseada em dados primários e secundários. A coleta dos dados primários foi realizada por meio de procedimentos técnicos de pesquisa de campo, sendo utilizado como instrumento de pesquisa a entrevista estruturada, não identificada, por meio da técnica de amostragem não aleatória. Os dados secundários, foram coletados junto às entidades governamentais e não governamentais, em especial o IBGE. Observou-se que o processo de desterritorialização ocasionado pela construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu foi um ato unilateral e que as famílias expropriadas na sua maioria, receberam indenizações não condizentes com o valor real das terras, e mais, aqueles que não se dispuseram a negociar nos termos propostos pelo consórcio, ainda estão lutando na justiça para receber as indenizações. Em relação aos impactos econômicos, a princípio, durante a construção da usina houve a injeção de recursos, principalmente no comércio, mas por outro lado houve a perda das áreas produtivas, trazendo prejuízos para economia local e também para as famílias expropriadas. No que se refere aos impactos sociais, que muitas vezes são mitigados por medidas compensatórias, denominadas de ações sociais, propostas como forma de minimizar ou neutralizar os danos causados pela construção das usinas hidrelétricas, percebeu-se que essas medidas não foram capazes de atender às demandas das comunidades atingidas. Na área social, para minimizar os impactos, é comum a oferta de programas de reassentamento, e para as famílias que não aceitaram fazer parte destes programas de realocação, a única alternativa foi adquirir terras dentro ou fora do espaço microrregional, fato esse que transformou o sistema populacional e a dinamização do comércio e da indústria, afetando o potencial econômico, social e cultural da sociedade local e regional.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }