@MASTERSTHESIS{ 2022:1140526194, title = {O ensino domiciliar: um movimento de relações socioeducativas com a crise da escola?}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6216", abstract = "A presente dissertação insere-se na linha de pesquisa “Sociedade, Conhecimento e Educação” e foi desenvolvida com o apoio do Grupo de Pesquisa “Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas” (RETLEE). A pesquisa tem como objeto de estudo o ensino domiciliar, prática popularmente conhecida pelo seu equivalente em inglês homeschooling. Trata-se do ensino de pessoas em idade escolar assumido diretamente pelos pais ou responsáveis, que o fazem em casa em detrimento da matrícula em instituição de ensino, pública ou privada. O movimento pelo ensino domiciliar ganhou força nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos da América, chegando ao Brasil, por influência estadunidense, por volta dos anos 1980. Trata-se de um período marcado pela crise do capitalismo globalizado e, consequentemente, de uma crise de legitimidade da escola de massas. O movimento brasileiro pelo ensino domiciliar ganhou espaço e relevância especialmente após a ascensão ao poder do Presidente Jair Bolsonaro, uma vez que, dentre as suas promessas de campanha, esteve a legalização do homeschooling no país. Do levantamento das pesquisas científicas realizadas no Brasil envolvendo a temática, foi possível perceber que alguns aspectos foram amplamente debatidos, no entanto, a origem do ensino domiciliar em sua relação com a crise da escola não foi suficientemente contemplada no campo acadêmico. Nosso objetivo, portanto, é analisar a relação de inter-relação entre o movimento pelo ensino domiciliar e a crise da escola através de uma pesquisa de abordagem qualitativa que conta com o levantamento teórico-ibliográfico como estratégia. Como método de pesquisa, adotamos o materialismo histórico-dialético. Num primeiro momento, voltamos nosso olhar para a realidade estadunidense do ensino domiciliar a fim de compreender em que período, contexto e sob quais influências o movimento pelo ensino domiciliar ganhou força naquele país. Num segundo momento, analisamos a realidade brasileira do ensino domiciliar, bem como as questões ideológicas envolvendo o tema. Após, tratamos da crise da escola de massas desencadeado no final anos 1960 e início de 1970 e do contexto econômico e social em que esteve inserida. Por fim, abordamos os principais teóricos críticos à escola daquele período buscando relacioná-los com a base do movimento pelo ensino domiciliar. Através da pesquisa foi possível apreender que a crise da escola, especialmente dos críticos da escola em crise dos anos 1960 e 1970, pode ser relacionada ao movimento pelo ensino domiciliar em sua base teórica em função da contemporaneidade, similaridade e, em alguns casos, influência direta. Parte dos teóricos abordados apontaram limitações na escola, mas não propuseram alternativas ou mesmo soluções para as suas mazelas e podem, portanto, ter deixado uma lacuna que foi preenchida por alternativas privadas como é o caso, por exemplo, do ensino domiciliar. A escola é fundamental na construção da uma sociedade democrática. Com nossa pesquisa buscamos colaborar na construção de estratégias para o fortalecimento da escola através da compreensão do movimento pelo ensino domiciliar como mais uma forma de privatizar a educação.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }