@MASTERSTHESIS{ 2021:799041255, title = {A temporalidade originária: o horizonte da “compreensão de ser” em Ser e Tempo}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6145", abstract = "Nossa investigação busca elucidar a temporalidade como horizonte da compreensão de ser, tendo como guia a ontologia fundamental empreendida na obra Ser e Tempo, de 1927, do filósofo alemão Martin Heidegger. Nesta obra, Heidegger tem por tema a questão do ser, que o autor julga não explicitamente considerada ao longo da história da filosofia. A analítica do ser-aí é então empreendida como via de acesso a esta questão, ao mesmo tempo que é proposta a temporalidade como o horizonte que possibilita a compreensão do ser. A tarefa metodológica da escolha do ente a ser primeiramente interrogado relativamente à questão do ser, acaba optando por aquele ente ‘que nós mesmos somos’, nomeado ser-aí (Dasein), indicando aquele que ‘é’ (sein, ser) o ‘aí’ (Da). O ser-aí é o único que pode testemunhar o sentido do ser pois está envolvido em uma compreensão não temática, que caracteriza seu modo de ser, muito mais do que algo que ele faça (por exemplo, ao pesquisar ou meditar). Compreensão de ser é o horizonte a partir do qual ser-aí se comporta, vive, existe, em qualquer atividade, ou na privação da ação. A analítica do ser-aí interroga pelo seu ser como compreensão e expõe as estruturas ontológicas mediante as quais o ser-aí se articula e articula o sentido dos demais entes. A expressão ser-no-mundo é examinada chegando à exposição do cuidado (Sorge) como modo de ser desse ente que compreende ser. Compreensão de ser e cuidado apontam para o mesmo. O sentido fundamental de ser, porém, será apontado, no parágrafo 65, como a temporalidade originária – por sua vez articulada nas ekstases porvir, vigor de ter sido e atualização. Nosso trabalho problematiza a conexão conceitual entre a temporalidade e o conjunto da analítica da existência. Pretendemos compreender como se articulam as estruturas expostas na analítica, que constituem o teor da expressão ‘compreensão de ser’, com a temporalidade e suas ekstases. Metodologicamente, pretendemos cumprir essa tarefa por meio da confrontação entre o esclarecimento da temporalidade, sobretudo nos parágrafos 65 ao 68, e a expressão compreensão de ser. Aspiramos indicar portanto: a estrutura e sentido do caminho da ‘analítica’ até a temporalidade; a estrutura e sentido da temporalidade; a conexão entre compreensão de ser e temporalidade originária. Assim, no primeiro capítulo, analisaremos como, desde a questão do sentido do ser, Heidegger desenvolve alguns dos principais existenciais do ser-aí, enquanto ser-no-mundo, e como eles são possíveis desde a estrutura do cuidado, cujo sentido é a temporalidade. Já no segundo capítulo veremos como o ser si-mesmo próprio do ser-aí é possível a partir da descrição dos existenciais liberados pela temporalidade. No terceiro e último capítulo acompanharemos o modo como o autor desenvolve o conceito de temporalidade originária, a partir de escritos anteriores a Ser e Tempo; e como o conceito desenvolvido pelo autor difere da interpretação de tempo da tradição (interpretação essa que toma como base Aristóteles), ao conectá-lo com o destino da existência humana.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }