@MASTERSTHESIS{ 2022:1768648085, title = {Impacto do tabagismo no perfil inflamatório sistêmico de pacientes portadores de câncer de pulmão}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6132", abstract = "O câncer primário de pulmão (CP) é o câncer mais incidente e de maior mortalidade mundial desde 1985 e o tabagismo é o principal fator carcinogênico modificável para o CP. Sabe-se que o câncer, bem como a fumaça do cigarro e outros derivados do tabaco, são geradores de inflamação, produtores de mediadores imunológicos, fontes de radicais livres e outros componentes que desregulam o equilíbrio redox. Contudo, suas interrelações são complexas e a contribuição específica do tabagismo na neoplasia primária de pulmão ainda precisa ser esclarecidas. O câncer de pulmão é consideravelmente afetado pela resposta imune, isso implica a participação de sinalizadores inflamatórios como as citocinas interleucina 12 (IL-12) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que são os principais reguladores dos padrões de resposta imune dos linfócitos TCD4+. Baixos níveis de IL-12 e TNF-α têm sido relacionados às respostas anti-inflamatórias (Th2), o que implica em respostas associadas à proliferação, metástase e quimiorresistência neoplásica. Neste contexto, este estudo investigou o impacto do tabagismo nos níveis sistêmicos circulantes de mediadores do estresse oxidativo (lipoperóxidos – LPO, metabólitos do óxido nítrico – NOx e níveis antioxidantes – TRAP) e das citocinas TNF- α e IL-12, entre indivíduos tabagistas ou não, com câncer de pulmão e indivíduos sem câncer. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Unioeste ̶ Francisco Beltrão. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo de coorte, realizado no Hospital do Câncer Francisco Beltrão, entre novembro de 2019 e agosto de 2021. A análise estatística foi realizada com o software GraphPad Prism 7.0 e um valor de p <0,05 foi considerado significativo. No grupo câncer de pulmão (n=20), idade média 54,2 anos; homens (68%), tabagistas ou extabagistas (77%), etilistas ou ex-etilista (50%). O grupo controle (n=54), idade média 60,5 anos, homens (54%), tabagistas ou ex-tabagistas (54%), nunca haviam bebido (54%). As dosagens de citocinas mostram aumento significativo da IL-12 circulante apenas nos indivíduos controles tabagistas em relação aos controles não-tabagistas sem alteração dos níveis de TNF-α. Sobre o perfil de estresse oxidativo, os fumantes sem câncer apresentaram níveis mais altos de estresse oxidativo comparados aos controles não tabagistas. Não foram observadas diferenças nos demais grupos. Estes resultados indicam que, nos indivíduos sem câncer, o tabagismo tem um impacto significativo sobre a inflamação, produzindo níveis mais elevados de LPO, NOx e IL12. Nos pacientes com câncer de pulmão, os níveis inflamatórios observados foram similares independente do fator tabagismo, indicando que o fumo em si não provocou impacto adicional sobre as citocinas ou perfis de estresse oxidativo já produzidos pela doença.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }