@MASTERSTHESIS{ 2021:966021943, title = {O comércio de valor adicionado e a participação do Brasil nas cadeias globais de valor}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6118", abstract = "O processo de fragmentação da produção no espaço geográfico tem ganhado força desde 1980, nas últimas décadas os fluxos de comércio internacional passaram a compor uma proporção maior no comércio mundial e as relações comerciais deixaram de ocorrer apenas entre países desenvolvidos, incorporando também países em desenvolvimento. Nessa nova configuração da produtiva em que os países passaram a se especializar em etapas específicas da produção, o comércio de bens intermediários aumentou significativamente, de modo que um mesmo produto pode atravessar várias fronteiras internacionais até o consumo final. Nesse sentido, as estatísticas disponíveis sobre o comércio mundial tendem a causar distorções interpretativas, isso porque os dados são mensurados em termos de valor bruto das exportações, o que pode acarretar problemas de dupla contagem a cada vez que o produto cruza uma fronteira. Uma solução para esse problema é a mensuração das exportações em termos de valor adicionado doméstico - VAD. Nesse cenário, esta pesquisa se propôs analisar a evolução do comércio de VAD brasileiro, assim como participação do Brasil nas Cadeias Globais de Valor - CGVs, considerando os seus principais parceiros comerciais, por meio dos indicadores Trade in value-added – TiVA e das matrizes mundiais de Insumo Produto do release 2018 do Inter-Country Input-Output Tables - ICIO disponibilizadas pela Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD, que contempla 64 países e 36 setores, para os anos de 2005, 2010 e 2015. Verificou-se que os produtos exportados pelo Brasil para União Europeia, China e Coréia do Sul são os que apresentam maior percentual de VAD, em relação ao total das exportações, visto que os produtos exportados pelo Brasil em maior volume para esses países são primários, ou seja, possuem pouca proporção de conteúdo importado em sua composição. Em contrapartida, os produtos exportados pelo Brasil para Argentina, México, e a região Andina são os que apresentam menor proporção de VAD em relação ao valor total das exportações, pois são produtos de alta e média tecnologia, que abrem maiores possibilidades de incorporação de conteúdo importado na produção contribuindo para a maior inserção do Brasil nas CGVs. Além disso, a participação brasileira nas CGVs dá-se em maior proporção como ofertante de valor adicionado doméstico (índice de ligação para frente) do que como demandante de valor adicionado estrangeiro (índice de ligação para trás), em conformidade com o maior volume de exportações de produtos primários, pois há menos VAD importado nas exportações, o que afeta a participação brasileira nas CGVs como demandante de produtos importados. Nesse sentido, uma alternativa o Brasil gerar mais valor adicionado doméstico e aumentar sua participação nas CGVs seria expandir a capacidade de processamento interno de alguns produtos, atualmente exportados in natura, o que permitiria aumentar o espaço para inserção de insumos importados, tornando o país mais engajado nas CGVs, além disso, geraria internamente mais valor adicionado, que implica diretamente em maior volume de renda para o trabalhador e lucro para as empresas, contribuindo para elevar o nível de desenvolvimento econômico.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Economia}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }