@PHDTHESIS{ 2022:1549629041, title = {Retratos literários do Paraná – do clássico ao contemporâneo: uma trajetória do romance histórico paranaense}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6113", abstract = "Fundamentada nos pressupostos da literatura comparada, pautada nas intrínsecas relações entre história e ficção e na trajetória do gênero romance histórico, esta tese estabelece uma trajetória possível do romance histórico paranaense e averigua como tal escrita híbrida se comportou, diacronicamente, frente ao discurso histórico tradicional. Assim, demonstramos como as narrativas híbridas de história e ficção paranaenses podem configurar-se como uma via à decolonização, premissa do Grupo de Pesquisa “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, ao qual esta tese se vincula. Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica crítica e analítica, com caráter qualitativo. Nela, delimitamos a trajetória do romance histórico desde sua instalação na Europa, no início do século XIX, cotejamos sua transposição à América Latina – pontualmente, no Brasil – e abordamos as tendências mais recentes do gênero. Essa trajetória é, então, contraposta ao percurso do gênero no Estado do Paraná. Nesse exercício, abordamos seu exórdio por meio do romance histórico clássico scottiano, discutido nos estudos de Lukács ([1937], 2011), sua transição ao romance histórico tradicional (INDURÁIN, 1995; MÁRQUEZ RODRÍGUEZ, 1996) e suas recorrências na América, espaço no qual se implementou sua fase crítica/desconstrucionista. Essa é a geradora das modalidades do novo romance histórico latino-americano (AÍNSA, 1991; MENTON, 1993; FLECK, 2017) e da metaficção historiográfica (HUTCHEON, 1991, 2013; FLECK, 2017), próprias do boom da literatura latino-americana. Tais enfrentamentos acomodaram-se, no pós-boom, às tendências conciliadoras do romance histórico contemporâneo de mediação (FLECK, 2017; KLOCK, 2021). Na sequência, partimos à compilação dos romances históricos paranaenses, à verificação de suas temáticas recorrentes e principais representantes, bem como à sondagem de seu status quo em face aos estudos já realizados sobre os 37 títulos paranaenses identificados. Por fim, com a intenção de demonstrar como ocorre, efetivamente, o percurso do romance histórico paranaense, apresentamos as análises de seis narrativas representativas das três fases delimitadas por Fleck (2017): acrítica, crítica/desconstrucionista e a crítica/mediadora. As quais são materializadas nas escritas dos romances O drama da fazenda Fortaleza (1941), de David Carneiro, e Origens (1961), de Pompília Lopes dos Santos, referentes à fase acrítica; Guayrá (2017), de Marco Aurélio Cremasco, e O herói provisório (2017), de Etel Frota, integrantes da fase crítica/desconstrucionista; Terra vermelha (1998), de Domingos Pellegrini, e Um amor anarquista (2005), de Miguel Sanches Neto, da fase mediadora. A partir destas análises, além de traçar a trajetória do romance histórico no estado, evidenciamos sua pluralidade e capacidade de ressignificar a historiografia tradicional, atuando como elemento ativo no processo de decolonização.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }