@MASTERSTHESIS{ 2022:1457150374, title = {Distribuição espacial da tuberculose drogarresistente no estado do Paraná}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6085", abstract = "A tuberculose (TB) é uma doença contagiosa muito antiga, sendo atualmente um problema prioritário na agenda mundial e está entre as principais causas de morte no mundo. O Brasil está entre os 30 países com alta carga para TB e TB-HIV, os quais são considerados prioritários para o controle da doença no mundo. Apesar do Brasil não estar classificado pela Organização Mundial da Saúde como um país com alta carga para a tuberculose drogarresistente (TBDR), faz-se necessário um olhar criterioso para estes dados. Um grande problema é que pessoas não diagnosticadas com TBDR representam um risco adicional para a transmissão da doença, pois transmitem bacilos resistentes. Este trabalho teve como objetivo analisar a situação epidemiológica e incidência da TBDR, nos municípios do Paraná, segundo distribuição espacial. Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, de abordagem ecológica, com análise espacial dos casos de TBDR, residentes no Paraná, nos anos de 2013 a 2020, notificados no sistema SITE-TB. Na análise descritiva, os dados foram apresentados em frequência absoluta e relativa. Foi calculada a taxa bruta para incidência pelo software Microsoft Excel® 2016, posteriormente, unindo o resultado ao shapefile do estado do Paraná pelo QGIS®. A dependência espacial foi testada para taxas de incidência municipais da TBDR, por meio do Índice Global de Moran (I de Moran) e, mais tarde, pela análise de agrupamento espacial, usando a estatística Getis-Ord Gi*, ambos os testes foram realizados pelo GeoDa. No período de estudo, de 22.275 casos de TB, 515 (2,5%) eram casos de TB notificados como TBDR. A maioria do sexo masculino (n=395; 76,70%), raça branca (n=307; 59,61%) e escolaridade entre 4 e 7 anos de estudo (n=224; 43,50%). A resistência primária apareceu com 73,59% (n=379) e a adquirida ou secundária com 25,44% (n=131), distribuídas em todas as regiões do estado. O padrão de resistência inicial foi monorresistência (n=336; 65,24%), na sequência a resistência à Rifampicina (n=93; 18,06%); quanto ao encerramento, os curados foram 53,59% (n=276) do total de casos. Quanto ao risco relativo (RR), a análise puramente espacial identificou 8 clusters de risco, sendo menor com RR de 2,45 (IC95% 1,81– 3,30) e o maior RR 26,26 (IC95% 15,77 – 44,04). A análise espaço-temporal identificou 4 clusters, sendo um entre 2013 e 2016 – RR 9,89 (IC95% 6,39 –13,86). Os demais clusters de risco espaço-temporal foram identificados no período de 2017 a 2020, sendo o menor RR 3.99 (IC95% 3,41–5,61) e o maior RR 5.60 (IC95% 3,22 – 9,30). Observou-se que a TBDR está presente em todas as regiões do estado, com uma concentração em municípios ao leste e ao norte, bem como os clusters de altas taxas para a TBDR. O estudo demonstrou um crescimento anual dos casos de TBDR, e a maioria com resistência primária aos fármacos. A distribuição espacial da incidência e clusters de altas taxas proporcionaram um panorama da situação da TBDR no estado do Paraná, que permite implementar estratégias específicas a serem intensificadas pelos gestores da saúde, a fim de melhorar as ações do programa de controle da tuberculose, para interromper a cadeia de transmissão do bacilo resistente.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }