@MASTERSTHESIS{ 2021:1973783396, title = {Análise da prática da automedicação e a potencial toxicidade de medicamentos}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6071", abstract = "A automedicação apresenta-se, em primeira análise, como uma questão de saúde pública apenas. Vislumbramos, além disso, aspectos ecotoxicológicos permeando esta temática. De um total de 80 respondentes, investigamos por meio de questionário, suas práticas relacionadas ao consumo de medicamentos, suas concepções e impressões sobre a automedicação. Em paralelo, realizamos ensaios ecotoxicológicos com o medicamento Ibuprofeno600mg (genérico) e o medicamento Dipirona250mg (referência), elencados pelos respondentes como exemplos de produtos consumidos na modalidade de automedicação. Os ensaios foram concebidos em observância a norma ABNT NBR 12713/2016 utilizando Daphnea magna como organismo-teste e tinham como objetivo comparar medicamentos com a validade extrapolada e seus homônimos com validade vigente. Percebemos que as amostras de medicamentos vencidos se apresentaram menos tóxicas do que as amostras não vencidas, sendo que a diferença foi mais explícita no ensaio com Dipirona250mg. Supomos que o decaimento da toxicidade dos medicamentos analisados possa ser fruto da diminuição da eficácia do produto após seu vencimento e que o fato de se automedicar com medicamentos cuja fabricação não é recente acarreta, além das possibilidades de efeitos adversos, uma diminuição do efeito terapêutico. Para a análise dos questionários, utilizamos aspectos da pesquisa quantitativa e qualitativa elegendo a análise de conteúdo (Bardin, 1977) para as questões dissertativas. Em se tratando das práticas relacionadas a medicamentos, visualizamos que praticamente todos os respondentes admitem manter medicamentos armazenados e se automedicar sempre que considerem conhecer a associação de sintomas com o efeito de determinado medicamento com o pretexto de desonerar-se temporal e financeiramente com consultas médicas para males aparentemente inexpressivos; desta forma justificam e relativizam esta prática mesmo afirmando conhecer a possível ação prejudicial de um tratamento farmacológico sem a devida supervisão de profissional habilitado. Concluímos, de acordo com nossos resultados, que a forma como os medicamentos são ofertados nas farmácias, aliada à praticidade dessa atitude frente a necessidade de otimizar o tempo e a imprudência em relação aos possíveis vieses do consumo de medicamentos sem orientação profissional são fatores que podem determinar a normalização da automedicação em nosso recorte. Sugerimos uma mudança de postura por parte dos profissionais farmacêuticos que têm como responsabilidade a manutenção e prevenção da saúde da comunidade, assumindo papel de protagonismo, posicionando-se como profissional capaz de orientar o consumo racional de medicamentos. Propomos também, a reorganização das gôndolas das farmácias de modo que os medicamentos isentos de prescrição não se misturem com itens de perfumaria e soluções terapêuticas e precisem ser indicados pelo farmacêutico após relato dos sintomas ao invés de serem solicitados pelo cliente que de antemão diagnosticou-se e determinou a posologia necessária à supressão de seus sintomas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Centro de Engenharias e Ciências Exatas} }