@PHDTHESIS{ 2022:1675437590, title = {O caminho do caracol: o slow food da realidade à construção da filosofia}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6053", abstract = "A temática alimentar na América Latina segue padrões ditados pela economia mundial e pelas pressões internas de políticas voltadas à mercantilização do alimento. As instituições e serviços voltados diretamente à produção alimentar estão envoltos por uma série de fatores que convergem para uma estrutura aparentemente imutável de mercantilização do alimento, das relações e dos recursos. Na construção de uma realidade alternativa, o Slow Food surgiu na Itália em 1980 como forma de contrapor o modo de vida que distanciou a produção de alimentos da sua real função de manutenção de vida, seja humana ou dos recursos naturais envolvidos, conectando este viés a um processo de construção social capaz de impulsioná-lo. O cenário construído pelo Slow Food pode caracterizá-lo como um contramovimento, um espaço para a construção de processos alternativos de desenvolvimento. A presente pesquisa irá analisar o movimento Slow Food, no contexto dos contramovimentos e sua participação efetiva na construção de um novo conceito de desenvolvimento na América Latina. Desenvolvido com base em instrumentos de pesquisa qualitativa e quantitativa, o estudo considera as etapas de delimitação de área, desenvolvimento dos instrumentos a campo e análise e discussão de indicadores de desenvolvimento. Os resultados obtidos permitem caracterizar o Slow Food como contramovimento. Afirmam sua importância na construção de processos de desenvolvimento, registram sua estruturação e permeabilidade na temática alimentar e ainda sua forte conexão com a agricultura familiar e com os sistemas tradicionais de produção alimentar, tendo estes como fundamento da produção alimentar nas dimensões da filosofia do movimento. Nos resultados, foi possível constatar uma determinada distância entre a filosofia e a realidade dos produtores de alimento, dos agentes de desenvolvimento e das instituições que compõem a rede formadora do movimento. O desconhecimento dos diferentes atores da rede e transversalmente a falta de agentes de desenvolvimento, facilitadores, agentes de ATER, importantes para a efetivação de possíveis resultados, torna distante a filosofia de centralidade do alimento nos processos de desenvolvimento afirmada pelo Slow Food da realidade de subsistência e isolamento encontrada nas comunidades visitadas. Um elemento importante, porém, é a identificação dos agricultores e técnicos com a filosofia do movimento, o que permite mapear os elementos essenciais dos princípios, bom, limpo e justo, nos cotidianos de produção e ação destes atores e, por meio destes propor ações de fortalecimento deste contramovimento na América Latina tendo como base a salvaguarda do produtor de alimentos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }