@MASTERSTHESIS{ 2022:415942899, title = {A função da palavra na filosofia de Schopenhauer: razão e poesia}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6004", abstract = "A presente dissertação tem como objetivo analisar a dupla concepção da palavra na filosofia de Schopenhauer. De acordo com Schopenhauer, a palavra é instrumento da razão humana. Isso quer dizer que o homem é capaz de ordenar os sons de forma discursiva e racional, pois é uma espécie de animal distinto, já que é dotado da faculdade da razão. Foi por meio da faculdade da razão que o homem conseguiu transmitir conceitos e ideais ao longo de sua história, elaborando teorias, aprimorando as leis e se organizando em sociedades. Diante desse cenário, poderíamos até supor que o estatuto da palavra na filosofia de Schopenhauer está subordinado exclusivamente à composição e à exposição dos conceitos dentro de um âmbito empírico e científico. Contudo, nossa problemática parte do papel significativo que a palavra também tem na poesia, adquirindo assim uma outra função na filosofia de Schopenhauer. A palavra é instrumento indispensável para a comunicação do poeta com o ouvinte. Na poesia, o poeta não expõe conceitos, mas sim as ideias, os mais elevados graus de objetidade da vontade que exprimem o que há de comum ao gênero humano. Entendemos, assim, que há uma tensão na filosofia de Schopenhauer, pois as palavras enunciadas pelos cientistas comunicam conceitos e as palavras enunciadas pelos poetas anunciam ideias. Diante desse contexto, entendemos a necessidade de examinar em um primeiro momento os tipos de representações na filosofia de Schopenhauer, distinguindo as representações submetidas ao princípio de razão da representação independente do princípio de razão. Em um segundo momento, compreender a arte como modo de consideração independente do princípio de razão, analisando o puro sujeito, o gênio e a hierarquia das belas artes. Posto isso, reunimos condições necessárias para discutir especificamente sobre a arte da poesia e o papel da palavra, buscando compreender como o poeta transpõe ideias em palavras. Para uma compreensão desse duplo papel da palavra, utilizaremos, sobretudo, os tomos I e II de O Mundo como Vontade e como Representação (1818-1819 e 1844, respectivamente). Além dessas duas obras de grande relevância do autor, buscamos examinar as preleções da Metafisica do Belo (1820) que também são importantes para nossa pesquisa, já que nesses textos o filósofo procura explicitar os principais temas abordados no Livro III de o Mundo. Partindo do estudo dessas obras, tentamos explicitar os conceitos que tratam do tema da palavra como instrumento da arte poética, entendendo que a palavra e a poesia possuem um lugar distinto na filosofia de Schopenhauer.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }